Projeto planta flores nos locais em que alguém já foi vítima de homofobia

A ideia do Pansy Project surgiu quando seu criador foi ofendido três vezes no mesmo dia

Alguns anos atrás, Paul Harfleet estava andando por uma rua em Manchester, na Inglaterra, quando alguém gritou “bicha de merda!” para ele. Depois, um pouco mais tarde, aconteceu de novo. E mais uma vez – três vezes no mesmo dia.

A primeira flor plantada por Paul Harfleet, em Manchester

Normalmente, como muitos gays fazem, ele poderia ter tentado esquecer o ocorrido. Mas decidiu que queria marcar a experiência de alguma forma.  Assim, ele voltou aos pontos em que fora ofendido e plantou flores amor-perfeito nos primeiros lugares disponíveis que encontrava.

Desde aquele primeiro ato de “jardinagem de guerrilha”, Harfleet plantou cerca de 10 mil flores, marcando não apenas a suas próprias experiências, mas as de muitas outras pessoas, incluindo algumas que foram espancadas e até assassinadas. Reino Unido, Viena, Nova York, Berlim e Istambul são alguns dos lugares por onde ele já passou.

Harfleet quer continuar expandindo o que ele chama de Pansy Project (Pansy é o nome, em inglês, para a amor-perfeito), incentivando as pessoas em lugares diferentes para plantar suas próprias flores e enviar fotos para ele. “É uma forma de coletar histórias”, explica. “Algumas delas são horríveis, mas outras chegam até a ser engraçadas se pensarmos o quão ridículo é uma pessoa ofender outra por causa de sua sexualidade”, conclui.

A flor em homenagem a David Morley, barman que foi atacado e assassinado em uma região próxima ao rio Tâmisa, em Londres

Por Redação