Jovens da USP fabricam impressora 3D na Barra Funda

Da esq. para a dir.: Rodrigo Rodrigues da Silva, Felipe Sanches e Filipe Moura, sócios na Metamáquina.

Habitada  por prédios empresariais e pequenos escritórios, a região da Barra Funda, Zona Oeste de São Paulo, exerceu durante muitos anos uma vocação industrial na cidade. Os velhos tempos têm sido revividos de forma inovadora por três jovens empreendedores.

Filipe Moura, Rodrigo Rodrigues da Silva e Felipe Sanches, todos estudantes da área de exatas da USP,  estão à frente da Metamáquina, empresa que produz impressora 3D. A startup teve início por meio de uma campanha de financiamento coletivo na plataforma Catarse, que arrecadou R$ 30 mil (R$ 7 mil além do valor pretendido). Com o dinheiro, as primeiras unidades foram desenvolvidas e o projeto aperfeiçoado. Um aperfeiçoamento que segue ininterrupto. Com uso de softwares e hardwares livres, a startup lançou recentemente a Metamáquina 2.

2ª versão da Metamáquina acaba de ser lançada pela startup.

A impressora produz itens de plástico usando filamento à base de amido de milho ou petróleo. Ela pode ser operada por meio de qualquer software de modelagem 3D. Segundo os sócios, o padrão de tecnologia  da impressora é tão avançado quanto de outras produzidas fora do país. Para quem tiver interesse em desenvolver sua própria Metamáquina, a startup disponibilizou o projeto gratuitamente na internet.

Para Filipe Moura, o grande diferencial da Metamáquina 2 é sua diversidade de uso. “Somos procurados tanto por diversos profissionais, que vão desde arquitetos que pretendem criar de projetos em 3D, até pequenos empreendedores que desejam vender brinquedos”, explica. Uma unidade da Metamáquina 2 custa R$ 3.700.

Junto com os sócios, Moura pretende num futuro próximo possibilitar que pequenos produtos se juntem para a formação de uma cadeia produtiva completa. “No caso da produção de um abajour, por exemplo, queremos aproximar quem produz as cúpulas de quem faz hastes, e assim por diante”.

Além dos sócios, a Metamáquina conta com outros nove profissionais, incluindo bolsistas da Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo), para a produção de dez impressoras por semana. A meta para os próximos meses é de 20 unidades semanais.