Um cenário para Cora Coralina no Museu da Língua Portuguesa

Por: Keila Baraçal

“Cora Coralina foi uma artista que levou muito tempo para ser descoberta pelos brasileiros. Ela tem um trabalho peculiar que precisa ser conhecido”, afirma Daniela Thomas, quem assina – ao lado de Felipe Tassara – o cenário da próxima exposição do Museu da Língua Portuguesa, “Cora Coralina – Coração do Brasil”. A mostra começa no próximo dia 29 e deve permanecer por, aproximadamente, quatro meses. Entrada Catraca Livre aos sábados.

Daniela conta que se atentou ao material de estudo, sugerido pela curadora da exposição, Júlia Peregrino. Em geral, textos escritos por Cora. Da poesia da autora, foram tirados alguns elementos que serviram de destaque e inspiração para o cenário.

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Cora Coralina

O primeiro deles, conferido próximo à chegada do espaço do museu é a construção de um mosaico, com fotos pessoais de Cora Coralina. As dezenas de imagens – cuidadosamente selecionadas – retratam um pouco como foi a vida da artista.

Ali serão conferidas fotos desde quando Cora era criança até os seus momentos de relação com o ambiente em que vivia. “Ela [Cora] tem uma capacidade de traduzir o vínculo com a terra muito interessante. Ao mesmo tempo, retrata as coisas mais singelas da vida”.

Outro ponto de destaque é a criação de uma espécie de gaiola – estrutura onde estão alguns objetos usados pela artista. A forma da gaiola, conta Daniela, que foi inspirada em locais que ficavam perto a casa da escritora, em Goiás. Surpresa ainda para o visitante que terá a oportunidade de assistir a uma entrevista dada pela artista para uma emissora de televisão.

Ela
Ana Lins dos Guimarães Peixoto Bretãs – Cora Coralina – nasceu em 20 de agosto de 1889, no estado de Goiás.  Aos 14 anos, em 1903, compunha textos sobre seu dia a dia. Cora foi doceira, por muito tempo, para sustentar os quatro filhos e o marido.

Aprendeu a datilografar para poder documentar suas poesias. Em seus textos, elementos folclóricos e histórias de quem viveu na região central do Brasil. A artista faleceu em 1985.

Algumas de suas obras:  “Estórias da casa velha da ponto”, “Poemas dos Becos de Goiás e estórias mais”, “Meninos verdes”, “Pensador”, entre outros.

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