No dia do pedestre, Greenpeace questiona falta de travessias e calçadas seguras

Na madrugada da quinta-feira, 8, Dia do Pedestre, o Greenpeace realizou uma intervenção urbana para cobrar mais infraestrutura e respeito aos pedestres. Um grupo de ativistas da ONG pintou faixas pontilhadas – onde deveria existir uma faixa de pedestre – com a pergunta “Cadê a faixa que estava aqui?”.

Em Itaquera, a faixa pintada pelo grupo está em frente ao Hospital Itaquera e no cruzamento da rua Francisco Rodrigues Seckler com rua Bento Vieira de Castro. No Butantâ, na rua Moncorvo Filho com rua Alvarenga e, na rua Camargo com avenida Vital Brasil. Já no centro, na avenida São João com a rua Conselheiro Crispiniano.

A ação faz parte da campanha #Cadê, que cobra planos de mobilidade para o Brasil. Na ocasião, foram pintadas faixas em vias de três áreas da cidade: Itaquera, República e Butantã. Todas as vias escolhidas têm alta ou média circulação de pedestres.

O bairro de Itaquera foi escolhido por ter o maior número de acidentes fatais na cidade em 2012. A faixa da República é localizada em uma Zona de Máxima Proteção ao Pedestre. Já a via do Butantã foi pintada por ser próxima de uma estação do metrô e de uma entrada da USP.

A campanha do Greenpeace continua em oito capitais do Brasil. Calçadas do Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, Porto Alegre, Manaus, Recife, Brasília e Salvador vão receber “curativos” em locais que oferecerem riscos aos pedestres.

Também é possível fotografar buracos em calçadas e enviar nas redes sociais com a hashtag #BuracosdoBrasil. A ONG lembra que, segundo dados da CET e do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), as quedas dos pedestres geram R$ 1,6 bilhões de gastos aos cofres públicos da cidade de São Paulo.