Rua dos Tecelões de Palavras

divulgação
Atividade acontece no Sesc Pompeia

O Sesc Pompéia convida a todos para pensar como nossos hábitos linguísticos influenciam nossa maneira de imaginar o mundo. No mês de janeiro, intervenções artísticas espalhadas pela Rua Central trarão obras da literatura com o intuito de despertar o público para as possibilidades de apreender a(s) realidade(s) por meio de uma perspectiva bastante peculiar, a da leitura.

Para quem os livros são produzidos hoje? Quais são os assuntos que interessam aos leitores? Que autores conseguem efetivamente “alcançar” seu público? Num mundo marcado pela lógica da produtividade e eficiência há ainda espaço para leitura livre das demandas do trabalho e estudo, apenas compromissada com o prazer e a fruição? Perguntas são os principais instrumentos intelectuais à disposição dos seres humanos.

São elas que nos permitem refletir acerca do mundo e pensar alternativas para transformá-lo. São as palavras que constroem os questionamentos, elaboram narrativas de acontecimentos e tecem versões de um fato. A fabricação do mundo pela linguagem permite torná-lo conhecido a nós mesmos. Pensar a produção literária hoje significa também refletir como a linguagem controla o que dizemos e em que medida o que dizemos controla o que vemos.

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Melhores sites para baixar livros

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Veja programação completa

A Pequena Humanidade de um Fernando Pessoa
Uma carta de Fernando Pessoa ao seu amigo Casais Monteiro explicando a origem dos seus heterônimos é o fio condutor de A Pequena Humanidade de Um Fernando Pessoa. Entremeada por poemas e prosas de Ricardo Reis, Álvaro de Campos e Alberto Caeiro a Peça-Recital é um passeio pela poesia, pensamento, temperamento e genialidade de Pessoa e dos personagens que criou.. A proposta é retomar a tradição do ator-narrador grego, o aedo e suas ferramentas: a poesia, a récita, o canto, a música, a imitação e a ágora de modo a reencontrar um quase teatro ou um teatro para os ouvidos. Com Lourinelson Vladmir e Richard Rabelo.
Livre para todos os públicos
02/01. Sábado, às 14h30, 15h30 e 16h30

Malocália, poesia maloqueirista e convidados
Dos trópicos urbanos, eis que surgem Maloqueiristas e agregados, miscigenando tendências, intervindo, provocando. Poetas da fala, corpo e mente, com participação de batucadores e engenheiros das frequências sonoras, interagindo com os transeuntes, no contra-fluxo da oralidade apoteótica. Mais um manifesto lançado ao vento, reunindo velhos-novos movimentos. Participação: Alexandre Souza, Aline Binns, Berimba de Jesus, Byra Dorneles, Caco Pontes, Gabriel Nascimento, Gilberto Jet, Giovani Baffo, Humberto Fonseca, Inayara Samuel, Lucas Moreno, Pedro Tostes, Roberta Estrela D’alva,Rômulo Aléxis, Daniel Minchoni e Rui Mascarenhas.Produção: Vani Fátima
Livre para todos os públicos
03/01, 25/01. Domingo e feriado, 14h30, 15h30 e 16h30

O Alienista na rua
Performance baseada no personagem que dá nome à obra de Machado de Assis, O Alienista. Com Marco Antonio Garbellini, dramaturgia de Hercules Maia Kotsifas, direção Raquel Anastásia.
Livre para todos os públicos
09/01. Sábado, 14h30, 15h30 e 16h30

O Menino e o Burrinho
Baseada em poesias do livro Ou isto ou aquilo, de Cecília Meireles, a peça conta a história do Menino Azul, que decide embarcar numa grande aventura em busca de um burrinho que nunca viu. Com músicas de Heitor Villa Lobos, Bela Bartók e Pierra Attaingant. Cia Cincoemcena, com Íris Yazbek e Lívia Lisboa, direção Bia Borin.
Livre para todos os públicos
10/01, 17/01. Domingo, 15h

Anjo des-Construído
Intervenção baseada na obra de Carlos Drummond de Andrade, com: Marco Antonio Garbellini – poemas de Drummond – dramaturgia de Marco Antonio Garbellini – direção: Raquel Anastásia
Livre para todos os públicos
16/01. Sábado, às 14h30, 15h30 e 16h30

Ilíada, Cantos III e XVI
Encenação pensada a partir da tradução realizada por Odorico Mendes, compreende 24 cantos da Ilíada declamados por diferentes atores. A proposta de itinerar pelo Brasil foi abraçada pela Fundação Biblioteca Nacional e, em particular pelo seu presidente Muniz Sodré, intelectual de enorme envergadura. Declamar cantos da Ilíada é um projeto político para o ator de reconquistar o orgulho da profissão: o Aedo é o primeiro ator, o primeiro homem que assume a tarefa artística de narrar, quero dizer a narração como arte poética. De modo que voltar ao Aedo é uma reconquista ontológica, é refundar e reconquistar o orgulho do ator como homem de cultura. Com Lourinelson Vladmir e Richard Rabelo.
Livre para todos os públicos
23/01. Sábado, às 14h30, 15h30 e 16h30

Histórias do Sítio do Pica Pau
Emília e Pedrinho contam histórias do Sítio do Pica Pau e interagem com as crianças. Com Cia Ateliê do Teatro.
Livre para todos os públicos
24/01. Domingo, 14h30, 15h30 e 16h30

Mapa das Letras
Dois Piratas perambulam pela Unidade em busca de um tesouro. Seguindo pistas literárias e um mapa do tesouro as crianças encontram ao final um baú repleto de livros infantis. Com Cia Ateliê do Teatro
Livre para todos os públicos
30/01. Sábado, às 14h30, 15h30 e 16h30

Correspondências
Criada a partir de uma livre adaptação de cartas de literatos como Clarice Lispector, Caio Fernando Abreu, Mario de Sá Carneiro e Fernando Pessoa, buscamos a proximidade com as pessoas que passam entre nós para a entrega de nossas cartas, nossos desejos, nossas saudades. Um diálogo onde cada gesto busca transportar o ouvinte/público para o universo sentimental, imagético e, por que não dizer, humano contido nas correspondências. Palavras que podem muitas vezes se confundir com as nossas, pois elas são corpo e voz dos atores que ao final, na despedida de cada pequeno encontro, entregam as cartas a um novo destinatário. Assim, cada ouvinte se sentirá à vontade para responder a carta em pensamento, ou no papel. Ou “apenas” despedir-se com um abraço, desses que só na experiência viva do momento se pode trocar.Com Cia Inadequada.
Livre para todos os públicos
31/01. Domingo, 14h30 e 16h00

Por Redação