Guerrilha verde

Por: Redação

Foi uma espécie de milagre da multiplicação das árvores. Um punhado de pessoas decidiu plantar 18 árvores nas áridas, sujas e cinzentas calçadas da Vila Buarque e rapidamente já havia 400 delas no entorno do local. Isso ocorreu porque o governo estadual, obrigado a fazer uma compensação ambiental por causa das obras da marginal do Tietê, percebeu aquele movimento e resolveu aumentar o plantio nas redondezas do bairro, localizado no centro de São Paulo.

Por trás dessa multiplicação está Rebeca Lerer, que decidiu trocar a selva amazônica por uma espécie de guerrilha verde na cidade de São Paulo.

Do lugar em que está instalada -um prédio até pouco tempo atrás abandonado-, quase não se nota nenhuma área verde. Nem na vizinha praça Roosevelt, tomada pelo concreto. “Aqui eu me sinto tão envolvida na proteção ambiental quanto estava no meio da selva amazônica.”

Militante do SOS Mata Atlântica e do Greenpeace, ela passou boa parte de sua vida metida em questões ambientais. Montou “raves” com temáticas ecológicas, organizou campeonatos de skate com pistas feitas de madeira certificada, promoveu shows cuja iluminação e cujos equipamentos usavam apenas a energia solar.

Trecho da coluna Urbanidade, publicada no jornal Folha de S. Paulo