CCBB SP festeja 100 anos de samba do inesquecível Zé Kéti🎙

Zé Renato, Fabiana Cozza, Nilze Carvalho, Moacyr Luz e outras feras prestam uma bela homenagem a um dos maiores sambistas do país!

O coração já dispara quando toca: “Se alguém perguntar por mim / Diz que fui por aí / Levando o violão / Embaixo do braço”! Esse clássico foi escrito por Zé Kéti (1921-1999), um dos maiores compositores da história do samba, que completaria 100 anos no dia 16 de setembro.

E, para homenagear esse gênio da nossa música, o palco do CCBB SP recebe a série de shows “Zé Kéti – 100 anos da Voz do Morro” entre os dias 5 e 8 de agosto, marcando a retomada da programação musical presencial no centro cultural. Os ingressos custam até R$30 e já estão à venda.

Fabiana Cozza, Nilze Carvalho, Zé Renato, João Cavalcanti, Casuarina e Moacyr Luz fazem homenagem aos 100 anos de Zé Kéti
Créditos: Fabiana Cozza: José de Holanda - site da cantora | Nilze Carvalho: Valeria Martins - reprodução | Zé Renato: Beatriz Giacomini – reprodução | João Cavalcanti: Flora Pimentel - reprodução| Casuarina: Felipe Giubilei – reprodução | Moacyr Luz: Marluci Martins – reprodução
Fabiana Cozza, Nilze Carvalho, Zé Renato, João Cavalcanti, Casuarina e Moacyr Luz fazem homenagem aos 100 anos de Zé Kéti

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Entre os hinos do nosso samba que serão revividos nos shows, estão “A Voz do Morro”, “Acender as velas”, “Cicatriz” (Zé Kéti com Hermínio Bello de Carvalho), “Diz que fui por aí” (com Hortêncio Rocha), “Madrugada”, “Malvadeza Durão”, “Máscara Negra” (com Hidelbrando Pereira Matos), “Mascarada”, “Psiquiatra” (com Elton Medeiros) e “Leviana”.

Samba centenário

As apresentações do projeto são inspiradas em diferentes temas da trajetória do próprio de Zé Kéti. “Eu Sou o Samba”, com João Cavalcanti e Fabiana Cozza, destaca a boemia e o amor do compositor pelo carnaval e pela Portela. O show abre as homenagens no dia 5 de agosto, às 19h.

Na sexta-feira, dia 6, às 19h, Zé Renato e Cristóvão Bastos levam ao público uma faceta menos conhecida do homenageado no show “Zé Kéti e o Cinema”, que celebra as atuações e as trilhas sonoras compostas por ele para filmes de Nelson Pereira do Santos, Cacá Diegues e outros grandes cineastas.

Já “Diz que fui por aí” é uma homenagem às noites cariocas e à Zicartola, casa criada por Cartola e D. Zica, conhecida como um verdadeiro reduto do samba. Esse lugar incrível rendeu a Zé Kéti parcerias com Paulinho da Viola, Nelson Cavaquinho, Nara Leão, Cartola e outras feras. E Sururu na Roda e Moacyr Luz apresentam, no dia 7, às 17h, algumas das pérolas nascidas nesses encontros.

Para encerrar a programação com chave de ouro, o show “Um Sambista de Opinião” acontece no dia 8, às 17h. O grupo Casuarina traz uma importante – e pouco conhecida – parte da trajetória do artista: a participação no famoso musical “Show Opinião”, que marcou os tempos sombrios de ditadura militar.

Além dos shows, a programação conta com o bate-papo “Em Tempo: Machismo não é Questão de Opinião”, com João Cavalcanti e Fabiana Cozza. Com tradução em Libras, a conversa, que acontece no dia 5, às 18h, pretende refletir sobre as mudanças comportamentais das últimas décadas.

Um pouquinho de história…

Apaixonado pelo Carnaval, José Flores de Jesus teve a música presente em sua vida desde a infância por influência de seu pai e avô. A casa da família costumava receber rodas de choro, com a presença de feras como Pixinguinha. O apelido pelo qual o compositor ficou conhecido surgiu na infância e é derivado de Zé Quieto, como costumavam chamá-lo.

Zé Kéti compôs vários sambas que viraram verdadeiros hinos da música brasileira
Créditos: Correio da Manhã - Domínio Público - Wikimedia Commons
Zé Kéti compôs vários sambas que viraram verdadeiros hinos da música brasileira

Uma das composições mais conhecidas de Zé Kéti, “A Voz do Morro”, foi escrita no início dos anos 50 e gravada pelo cantor Jorge Goulart, com arranjo de Radamés Gnattali, em 1955. E, nesse mesmo ano, a canção viraria tema do filme “Rio 40 Graus”, de Nelson Pereira dos Santos.

Mais tarde, esse verdadeiro hino foi gravado por feras como César Guerra-Peixe, Demônios da Garoa, Elis Regina e Jair Rodrigues e Luiz Melodia.

Em 1963, quando Zé Kéti já era referência para a geração da Bossa Nova, o dramaturgo Oduvaldo Vianna Filho escreveu o musical “Opinião”, dirigido por Augusto Boal e inspirado na composição homônima do sambista. O espetáculo contou com a participação de nomes como João do Vale, Ruy Guerra, Nara Leão, Carlos Lyra, Edu Lobo, Gianfrancesco Guarnieri e Maria Bethânia.

E, durante o musical, também foram lançados os sucessos “Diz que Fui por Aí” (com Hortêncio Rocha) e “Acender as Velas”. Com o sucesso da peça, Zé Kéti forma o grupo A Voz do Morro, ao lado de ícones como Élton Medeiros, Jair do Cavaquinho, Nelson Sargento e Paulinho da Viola.

Garanta sua segurança

O CCBB SP preparou uma série de protocolos que precisam ser seguidos por todes. A capacidade do teatro foi reduzida, o uso de máscara é obrigatório e a temperatura de todes será aferida logo na entrada do espaço. Se sentir qualquer mal estar ou sintoma de Covid-19 no dia do show, fique em casa.

Recomenda-se chegar com 20 minutos de antecedência para entrar no teatro com tranquilidade. Além disso, o centro cultural disponibiliza álcool em gel em vários cantos do edifício, e o serviço de guarda volumes está suspenso.

O teatro bloqueia a venda de ingressos no site para os assentos especiais (para pessoas com deficiência e obesos) – se você precisar comprar algum desses lugares é preciso entrar em contato diretamente com a bilheteria, pelo telefone (11) 3113-3651.


#DicaCatraca: sempre lembre de usar a máscara de proteção, andar com álcool em gel e sair de casa somente se necessário! Caso pertença ao grupo de risco ou conviva com alguém que precise de maiores cuidados, evite passeios presenciais. A situação é séria! Vamos nos cuidar para sair desta pandemia o mais rápido possível. Combinado? ❤


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