22º Festival de Cinema Judaico exibe 32 filmes de vários países

Mostra reúne títulos que abordam várias facetas da cultura e do pensamento judaicos

Até 15 de agosto de 2018

Todos os dias

em diversos horários

Recursos de acessibilidade para pessoas com deficiência não informados pelo próprio organizador do evento

A cultura judaica retratada sob diferentes perspectivas é o foco do Festival de Cinema Judaico de São Paulo, que comemora 22 anos com uma seleção de 32 filmes de países como Dinamarca, Rússia, África do Sul, Alemanha, Brasil, Estados Unidos e Espanha. A mostra acontece entre 5 e 15 de agosto, na Hebraica (rua Hungria, 1000, Pinheiros), no MIS  (avenida Europa, 158, Jardim Europa) e no Sesc Bom Retiro (Alameda Nothmann, 185 – Bom Retiro), com sessões em diferentes horários. Os ingressos custam até R$30, de acordo com os valores estabelecidos para cada espaço.

Os títulos da mostra não precisam ser dirigidos por cineastas judeus para fazer parte da seleção, basta que tratem de aspectos do pensamento ou das tradições judaicas. A ideia é criar uma reflexão sobre tolerância e respeito entre culturas a partir de um intercâmbio de experiências cinematográficas.

A programação exibe 12 filmes de ficção, 14 documentários e seis produções no programa especial Panorama de Israel. O grande homenageado na 22ª edição é o cineasta brasileiro David Perlov, com exibição de seus filmes “Infância Protegida”, “Rotina e Rituais” e “Volta ao Brasil”, que foram reunidos na coleção “Diário Revisitado (1990-1999)”.

Um dos destaques é “Um Ato de Desafio” (África do Sul, 2017), de Jean va de Velde, que foi premiado nos festivais da Holanda e da Cidade do Cabo. Inspirado em fatos reais, o longa narra a conspiração de um grupo de negros e judeus contra o Apartheid sul-africano. Liderados por Nelson Mandela, os rebeldes são presos e enfrentam a possibilidade de serem condenados à morte.

Premiado nos festivais de Jerusalém, Karlovy, Wurzburg e Miami, “O Confeiteiro” (Alemanha e Israel, 2017), de Ofir Raul Graizer, narra a história do solitário confeiteiro berlinense Tomas, que se apaixona pelo israelense Oren, um empresário casado. Quando este para de mandar notícias, o protagonista decide ir a Jerusalém para procurá-lo. Nessa jornada, depois de descobrir que Oren faleceu, Tomas aceita emprego em um café da viúva de seu amante.

Outra atração é “Grande Sonia” (Estados Unidos, 2017), de Leah Warshawski e Todd Soliday, vencedor do Barcelona Film Festival na categoria de melhor filme. O documentário mostra a comovente história de Sonia Warshawski, uma sobrevivente do Holocausto que, aos 91 anos, administra uma alfaiataria em um shopping falido. Ela recebe uma ordem de despejo, mas ainda não quer se aposentar.

Já o brasileiro “Querido Embaixador” (2017), de Luiz de Souza Dantas, é inspirado na história real de um embaixador brasileiro que, durante a Segunda Guerra Mundial, opôs-se às ordens secretas de Getúlio Vargas de negar vistos a judeus e outras pessoas perseguidas pelo nazismo. Ele passa a descumprir ordens e enfrenta os governos brasileiro e francês.

Confira aqui a programação completa do 22º Festival de Cinema Judaico.