BH in Solos ocupa os palcos da cidade com espetáculos baratinhos

Por: Redação

Entre os dias 3 e 11 de dezembro, Belo Horizonte recebe a 4ª edição da BH in Solos – Mostra de espetáculos cênicos individuais, que leva nove apresentações a quatro espaços da cidade, com trabalhos de sete artistas mineiros e outros dois vindos de Rio de Janeiro e de Salvador. Os espetáculos têm entrada Catraca Livre ou ingressos a preços populares – até R$ 10. Os quatro palcos que recebem o Solos são: Teatro 171Zap 18, Teatro de Bolso Sesiminas e Centro Cultural Jardim Guanabara. As sessões você confere na programação abaixo.

Única mostra no estado de Minas Gerais voltada para espetáculos individuais e uma das poucas existentes no Brasil, a SOLOS oferece diferentes olhares, em diversas linguagens, sobre questões políticas atuais e busca fomentar a produção e a difusão de espetáculos de artes cênicas com um único intérprete em cena, reivindicando espaço para a prolífica produção de solos no país.

Entre os destaques, estão “Se vivêssemos num lugar normal” (Roberto Rodrigues, Cia Teatral Milongas – Rio de Janeiro/RJ), solo inédito na capital mineira que é a primeira adaptação para o teatro da obra literária homônima do escritor mexicano Juan Pablo Villalobos; e “Isto não é uma mulata” (Salvador/BA), espetáculo em que a artista Mônica Santana tece cenas que questionam as formas de representação da mulher negra.

Confira a programação completa:

[tab:Off! Eles não olham para nós…]
Rodrigo Peres – Coletivo Breaking no Asfalto (Belo Horizonte/MG) * | Dança
3/12, sábado, às 21h / Local: em frente ao Teatro 171
Duração: 30 minutos / Classificação: Livre / ENTRADA GRATUITA

Em cada cultura, os padrões culturais são criados historicamente e os seres humanos interpretam individualmente esses padrões nas atuações específicas de cada um, ao longo da vida. Assim, na medida em que há diferentes culturas também há vários tipos de indivíduos dentro de cada cultura, que quando vista como um conjunto de mecanismos simbólicos gera fonte de informações e estabelece maneiras pelas quais podemos dizer o que “é ser humano” ou o que ele “pode ser”.

*Esta apresentação abre a programação do VAREJÃO – Varietê Artistico de Risco Eclétic, festa promovida pelo Teatro 171 que, nesta edição, será realizada em parceria com a BH in SOLOS e reunirá performances solo de até 5 minutos selecionadas por meio de convocatória pública

FICHA TÉCNICA
Direção: Rodrigo Pinheiro / Bailarino: Rodrigo Peres / Coreografia: Rodrigo Peres / Produtor: Mateus Nascimento / Luz: Mateus Nascimento / Trilha sonora: Deejay Fábio

Vídeo de divulgação:

[tab:A Jagunça]

Michelle Ferreira (Belo Horizonte/MG) | Leitura dramática
4/12, domingo, às 19h / Local: Zap 18
Duração: 50 minutos / Classificação: 14 anos / ENTRADA GRATUITA

Com texto e direção de Ildeu Ferreira e atuação de Michelle Ferreira, a peça se situa no sertão mineiro e conta a história de uma mulher simples que, para dar conta de sua existência e sentido à sua vida após o assassinato de seu único filho, se transforma em Jagunça. Nesse mundo árido, a peça traz à tona a força do feminino, figura muitas vezes relegada em segundo plano. Além disso, apresenta uma visão talvez desconhecida do grande público, do termo jagunço. Comumente associado a um criminoso, a origem etimológica da palavra é oriunda do termo Iorubá Jagum, que significa soldado. Reza a lenda que existiam três irmãos: Já, Jagun e Ajagunãn. Soldados que serviam aos exércitos de Oxalá, conhecidos como os guerreiros brancos que lutavam e venciam todas as guerras e batalhas, sempre guerreando pela paz. Nesse sentido, a Jagunça é mais a crença de uma mulher no poder que lhe foi atribuído para lutar pelo bem, do que uma história de jagunço no sentido corriqueiro do termo, e resgata para a nossa contemporaneidade o imaginário popular, com seus símbolos e mitos que muito contribuíram para a formação cultural brasileira.

FICHA TÉCNICA
Texto, direção, cenário e figurino: Ildeu Ferreira / Elenco: Michelle Ferreira / Iluminação: Ivan Ferreira / Sonoplastia: Flávio Cravo / Produção Executiva: Enrique Rivero / Produção: Flores de Jorge Cia Cênica e Insólita Casa de Artes

[tab:Gavião de Duas Cabeças]

Andreia Duarte (Belo Horizonte/MG) | Teatro
6/12, terça-feira, às 20h / Local: Zap 18
Duração: 60 minutos / Classificação: 16 anos / Ingressos: R$10 (inteira) e R$5 (meia-entrada)
O mito do gavião de duas cabeças (um pássaro que devora o espírito indígena, que sobrevive mesmo depois da morte do corpo. Mas se o gavião mata o espírito, esse é esquecido) norteia a montagem do espetáculo Gavião de Duas Cabeças. A partir dessa imagem de morte e genocídio, a peça costura discursos atuais a partir da experiência pessoal da atriz, que empresta seu corpo e sua voz como documento oral-visual de resistência poética. Os discursos encenados são reais e permeiam a atual realidade política e social brasileira: de um lado o discurso ruralista, de outro o indígena e ainda o da atriz que viveu ambos contextos, o urbano e o indígena.

FICHA TÉCNICA
Idealização e Atuação: Andreia Duarte / Direção e Preparação Corporal: Juliana Pautilla / Dramaturgia e cenografia: Andreia Duarte e Juliana Pautilla / Criação e Operação de Luz: Fernanda Guedella / Trilha Sonora: Carlinhos Ferreira / Criação de Vídeos: Natália Machiavelli / Figurino Índio: Jonathan Horta e Morgana Marla / Direção de Arte e Produção de Arte: Alice Stamato / Registro em Vídeo: Robson Timóteo / Fotografia: Fernanda Procópio e Flávia Altenfelder / Criação Gráfica: Daniel Carneiro / Produção: Andreia Duarte e Juliana Pautilla

Vídeo de divulgação:

[tab:O Vestido]
Rosa Antuña (Belo Horizonte/MG) | Dança & Teatro
7/12, quarta-feira, às 20h / Local: Zap 18
Duração: 45 minutos / Classificação: Livre / Ingressos: R$10 (inteira) e R$5 (meia-entrada)

O Vestido pode representar literalmente um vestido, como pode ser também a metáfora dos sonhos que se quer realizar. Pode representar o encontro com o amor, com nossos medos, ou com algo sublime que transcende a existência. Cada espectador é quem deve encontrar seu significado para O Vestido, de acordo com sua experiência, anseios e referências. O importante mesmo é que todos nós tenhamos coragem para criar algo novo. Coragem para nos arriscarmos no desconhecido. Coragem para romper barreiras, preconceitos e medos. E se for preciso vestir uma roupa nova ou diferente para ajudar a encontrar uma força interna que precisa emergir, tudo bem! Que cada um de nós encontre “o seu vestido”, literal ou metafórico, externa ou internamente e que esse vestido possa nos fazer voar!

FICHA TÉCNICA
Criação, direção, coreografia, textos e atuação: Rosa Antuña / Produção do figurino : Rosa Antuña / Cenografia e luz : Mário Nascimento / Técnico de luz : Marcel Bento / Trilha (compilação) : Rosa Antuña / Edição da trilha: Eduardo Borges / Fotos: Duda Las Casas, Marco Aurélio Prates, Diego Redel / Vídeos: Duda Las Casas / Edição de vídeo: Duda Las Casas e Gustavo Silvestre / Assessoria de imprensa: Duda Las Casas / Mídias sociais : Rosa Antuña / Produção Geral : Herivelto Campos / Apoio: Studio It – Escola de Dança, Studio Pilates Andrea Mourão, Salão Jacques Janine Belo Horizonte, Cia Mário Nascimento, Corpo Escola de Dança, Núcleo Artístico de Dança / Agradecimento : Mário Nascimento, Duda Las Casas, Flávia Menicucci

Vídeo de divulgação:

[tab:Totais]
Marcelo Alessio (Belo Horizonte/MG) | Solo Performático Corporal
8/12, quinta-feira, às 20h / Local: Teatro de Bolso SESIMINAS
Duração: 50 minutos / Classificação: 14 anos / Ingressos: R$10 (inteira) e R$5 (meia-entrada)

Solo performático corporal, criado pelo ator Marcelo Alessio a partir do texto “Total, totais” de Júlio Groppa Aquino. Uma caótica instalação de enunciados cotidianos é posta a circular, para além de seus domínios ordinários, acompanhados de corporeidades e sonoridades, construindo diversas imagens que transitam pela temática do(s) Totalitarismo(s). Um jogo que articula corpo, palavra e som para estabelecer uma provocação direta com o espectador.

FICHA TÉCNICA
Criação: Marcelo Alessio / Desenho de luz: Marina Arthuzzi / Operação de som: Ana Lavigne

Vídeo de divulgação:

[tab:Coisas boas acontecem de repente]
Cynthia Paulino – Companhia Teatro Adulto (Belo Horizonte/MG) | Teatro
9/12, sexta-feira, às 20h / Local: Teatro de Bolso SESIMINAS
Duração: 60 minutos / Classificação: 12 anos / R$10 (inteira) e R$5 (meia-entrada)

MamaCy é a protagonista de “Coisas boas acontecem de repente”, espetáculo sobre uma mulher moderna, pós-moderna, trans-moderna, que diz tudo o que lhe vem à cabeça: o poder do feminino, a passagem do tempo, a saudade do filho, as citações de seus poetas preferidos, suas músicas, falhas e manifestos. Uma mulher pronta para perdoar e ser perdoada, sem arrependimentos e sem rede de segurança.

FICHA TÉCNICA
Texto de Cynthia Paulino + livre adaptação de manifestos, entrevistas, músicas e textos da anti-diva Karine Alexandrino, a Mulher Tombada. / Dramaturgia, direção, cenário, trilha sonora e atuação: Cynthia Paulino / Iluminação e produção: Luiz Arthur / Figurino: Ananda Sette Camara, Cynthia Paulino e Jonnatha Horta Fortes / Maquiagem: Linda Paulino / Fotografia: Catarina Paulino / Arte: Samara Martuchelli / Assistência de Produção: Gu Freitas e Samara Martuchelli / Realização: Companhia Teatro Adulto

[tab:O Pequeno]
Cláudio Márcio (Belo Horizonte/MG) | Teatro
10/12,sábado, às 15h / Local: Centro Cultural Jardim Guanabara
Duração: 45 minutos / Classificação Livre | ENTRADA GRATUITA | Espetáculo apresentado como contrapartida sociocultural à Lei de Incentivo à Cultura de Minas Gerais

Aquele que sonha, e em seu sonho realiza uma viagem há um planeta não muito distante de sua realidade, mas repleto de lembranças. Um garoto que sai a procura de seu pai, mas não o pai ideal e sim aquele que mora dentro de si e que partiu para o outro mundo. Livremente inspirado em ” O Pequeno Príncipe” e em “O menino e o mundo”, ” O Pequeno” é um convite ao mergulho poético na memória de uma criança.

FICHA TÉCNICA
Diretor, Dramaturgia e Luz: Robson Vieira / Ator e Criador: Cláudio Márcio / Trilha Sonora: Dário Marques e Samuel Marques / Criação Gráfica: Felipe Cassiano / Cenotécnico: Rogério Alves / Fotógrafo: Elmo Gomes / Figurino: Daniel Ducato / Costureira: Márcia Corrêa / Cenografia: A CIA / Vozes: Cláudio Márcio, Dário Marques, Janaína Morse, Ricardo Martins e Rosiane Vieira / Coordenação de Produção: Patrícia Ferreira / Produção: A Patela

Vídeo de divulgação:

https://www.youtube.com/watch?v=-cq85gRUFbo&feature=youtu.be

[tab:Isto não é uma mulata]
Mônica Santana (Salvador/BA) | Teatro
10/12,sábado, às 20h / Local: Teatro de Bolso SESIMINAS
Duração: 40 minutos / Classificação: 15 anos / R$10 (inteira) e R$5 (meia-entrada)

Partindo da famosa frase proferida por Gilberto Freyre “Branca para casar. Mulata para fornicar. Negra para trabalhar”, a artista Mônica Santana tece cenas que questionam as formas de representação da mulher negra: seja a negra invisibilizada pelo trabalho braçal, a mestiça hipersexualizada, de formas exuberantes e sempre disponível para o sexo, sempre alegre para o samba, a diva pop embranquecida. Perpassando imagens de forma irônica, o espetáculo utiliza do humor, das referências pop e do imaginário para discutir sobre racismo, sexismo e apontar novos discursos para mulheres negras numa sociedade patriarcal e pós-colonial.

FICHA TÉCNICA
Direção, dramaturgia e atuação: Mônica Santana / Direção Musical e Sonoplastia: André Oliveira / Cenografia: Deilton José / Figurino: Cássio Caiazzo / Iluminação: Luiz Guimarães / Maquiagem: Nayara Homem / Produção: Gameleira Artes Integradas (Olga Lamas e Raiça Bomfim) / Fotografia: Andrea Magnoni / Designer Gráfico: Tai Oliver / Assessoria de Imprensa e Redes Sociais – Crioula Comunicação

[tab:Se vivêssemos em um lugar normal]
Roberto Rodrigues – Cia Teatral Milongas (Rio de Janeiro/RJ) | Teatro
11/12, domingo, às 19h / Local: Teatro de Bolso SESIMINAS
Duração: 60 minutos / Classificação: 14 anos / R$10 (inteira) e R$5 (meia-entrada)

“Se vivêssemos em um lugar normal” é a primeira adaptação para o teatro da obra literária homônima do escritor mexicano Juan Pablo Villalobos. Interpretada por Roberto Rodrigues, a história narra a saga de Orestes, um dos sete filhos de uma família cujo pai é um professor de educação cívica, mestre em propagar todo tipo de impropérios, e a mãe, uma típica personagem de dramas mexicanos. Dentro da “caixa de sapato”, apelido que a família dá a casa em que vivem, no morro da “Puta que pariu”, o protagonista tenta entender sua situação econômica e mudar o curso de sua própria sorte. De uma narrativa cômica, dinâmica e irônica, essa tragicomédia resultará em uma encenação deliciosamente subversiva.

FICHA TÉCNICA
Texto: Juan Pablo Vilallobos / Adaptação e Atuação: Roberto Rodrigues / Direção de Movimento: Maria Celeste Mendozi / Direção Vocal: Jane Celeste / Artistas Colaboradores: Breno Sanches, Hugo Souza, e Matheus Rebelo / Trilha Sonora: Victor Hora / Figurino: Bruno Perlato / Iluminação: Adriana Milhomem / Arte: Ivi Spezani / Fotografias: Renan Lima e Thiago Cristaldi / Divulgação: Aquela que divulga – Lyvia Rodrigues / Produção: Pagu Produções Culturais / Realização: Cia Teatral Milongas

Vídeo de divulgação:

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