Feira gastronômica conta história do Brasil pela comida

Comida de Herança reúne as receitas dos filhos e netos dos imigrantes de toda parte do mundo, no Museu da Imigração

Até 17 de março de 2019

Sábado - Domingo

Das 10h às 19h30

R$ 5

O Brasil é um país plural. Um caldeirão de culturas herdadas dos milhares de migrantes que vieram – e continuam a vir – para cá. Muito por conta desse legado, a culinária brasileira se tornou rica, não só nos sabores, mas também nas histórias.

Museu da Imigração recebe o evento Comida de Herança, que conta a história do Brasil por meio da comida
Créditos: divulgação
Museu da Imigração recebe o evento Comida de Herança, que conta a história do Brasil por meio da comida

Para reunir as receitas dos filhos e netos de tantas pessoas que se tornaram pequenos produtores, a segunda edição da feira Comida de Herança toma conta do Museu da Imigração, na zona leste de São Paulo. A escolha do lugar não foi aleatória. O prédio, do final do século XIX, abrigou migrantes que chegaram à cidade em busca de novas oportunidades.

No evento, os produtores expoem queijos, biscoitos, cafés, pães e diversas outras delícias, no jardim do Museu. Um deles, o Quitute do Perutti, por exemplo, seleciona azeitonas premium pelo mundo afora e tempera com um toque especial: muito azeite e mix de ervas com sabores ítalo-brasileiro.

O laticínio Caril do Bosque, por sua vez, apresentará as suas produções da Serra da Mantiqueira: 14 diferentes tipos de queijos de cabra, alguns inspirados em receitas famosas no exterior, outros são de autor, como Cacauzinho, Serra do Lopo e Coração em Brasa.

O público vai encontrar, também, pratos quentes, feitos na hora, como as massas do chef Fellipe Zanuto, do restaurante Hospedaria. O profissional buscou na cozinha das avós, ambas de origem italiana, a inspiração para o seu restaurante que fica na Mooca. A ideia é servir uma comida que remeta a dos imigrantes do início do século XX. Pratos que os faziam lembrar da terra natal, mas preparados com a estrutura e os ingredientes disponíveis no Brasil: risoto com arroz agulhinha, em vez de arbório, e queijo meia-cura no lugar do parmesão.

No evento, Zanuto vai bater um papo com o público ao lado da jornalista Mariana Weber. Criadora do site “Caderno de Receitas”, no qual compartilha pratos e histórias de comida, Mariana é também autora do livro “Cozinha de Vó”. Ela estará nos dois dias do evento autografando seu livro para o público da feira.

Chef Idolo Giusti Neto é um dos destaques do Comida de Herança, no Museu da Imigração
Créditos: divulgação
Chef Idolo Giusti Neto é um dos destaques do Comida de Herança, no Museu da Imigração

Quem for ao Comida de Herança ainda se delicia com a “comida mateira” feita na hora pelo chef Idolo Giusti Neto. De origem italiana, portuguesa e espanhola, Giusti vem de um berço de ouro na culinária. Colonizadores, agricultores e fazendeiros deram origem à história do chef. Com essa bagagem, ele vem cozinhando e trocando experiências com grandes mestres da gastronomia.

Com cerca de 50 expositores, o evento apresenta um grande leque de sabores nos dias 16 e 17 de março, a partir das 10h. A feira gastronômica acontece no Museu da Imigração e tem ingressos a R$ 5.