Empoderamento feminino negro é celebrado em evento

Centro Cultural da Juventude comemora o Dia da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha com feira de empreendedoras, contação de histórias e samba de roda

No dia 28 de julho, a partir das 13h, o CCJ – Centro Cultural da Juventude Ruth Cardoso homenageará a mulher negra latino-americana e caribenha. Com entrada gratuita, o evento terá feira de empreendedoras, desfile de moda, samba de roda, lançamento de disco, contação de histórias e Oficina Adé.

Samba de Roda da Nega Duda lança disco no CCJ
Créditos: Bárbara Jadeh
Samba de Roda da Nega Duda lança disco no CCJ

Idealizado pelo coletivo Equipe Rainhas de Sabah, o projeto tem como objetivo abrir espaço para os empreendedores negros, difundindo a estética e a cultura afro brasileiras. Entre as marcas participantes estão a Ayô Doces, a Identidade Black, a Cajazeiras, a Thako, a Agbara, a Doce Formiga, a Odara, a Raiz Cabelos e o Ateliê Las Hermanas.

Para animar o encontro, haverá apresentação do Samba de Roda da Nega Duda com Lançamento de CD “Tem Recôncavo em SP”. Os discos serão distribuídos gratuitamente e haverá sessão de autógrafos.

O grupo foi fundado em São Paulo por Ducineia Cardoso (Nega Duda), natural de São Francisco do Conde – Recôncavo Baiano. Desde 2006, os artistas desenvolvem um trabalho de resistência cultural, colaborando para a manutenção do Samba de Roda do Recôncavo Baiano como Patrimônio Imaterial Cultural.

Ainda haverá contação de histórias com aventuras de reinos antigos do Senegal, de Moçambique e Cabo Verde, seguida pela oficina Adé com Nathalia Grillo. A ação educativa começa às 14h e propõe a construção de coroas africanas com intuito de possibilitar outras referências no imaginário infantil, que ultrapassam as europeias.

Sobre o Dia Internacional da Mulher Negra Latina Americana e Caribenha

Comemorado mundialmente no dia 25 de julho, a data oficializa a criação de uma rede feminina que permanece unida até hoje. Em 1992, foi organizado o primeiro Encontro de Mulheres Negras Latinas e Caribenhas, em Santo Domingos, na República Dominicana, para discutir sobre machismo, racismo e formas de combatê-los.

No Brasil, a data homenageia a líder quilombola Tereza de Benguela, que no século 18 comandou o Quilombo do Quariterê, no Mato Grosso. Enquanto esteve no poder, criou um parlamento local, organizou a produção de armas, a colheita e o plantio de alimentos, e chefiou a fabricação de tecidos que eram vendidos nas vilas próximas.Tereza foi assassinada em uma emboscada.