Exposição do artista chileno Alfredo Jaar desembarca no Sesc Pompeia
Inédita no Brasil, a mostra “Lamento das Imagens” reúne instalações e obras emblemáticas e cheias de reflexões políticas!
Até 05 de dezembro de 2021
Terça - Quarta - Quinta - Sexta - Sábado - Domingo
De terça a sexta, das 14h às 20h; aos sábados e domingos, das 11h30 às 17h30. É necessário agendar a visita.
Site: sescsp.org.br
Telefone: (11) 3871-7700
O conceituado artista chileno Alfredo Jaar, com 40 anos de trajetória, tem um recorte de seu trabalho feito pela exposição “Lamento das Imagens”, que ocupa os galpões do Sesc Pompeia, entre 26 de agosto e 5 de dezembro.
A mostra pode ser visitada gratuitamente de terça a sexta, das 14h às 20h, e aos sábados e domingos, das 11h30 às 17h30. É preciso agendar sua visita por meio deste site aqui.
Com curadoria de Moacir dos Anjos, a mostra reúne obras em grande escala, instalações multimídia, pôsteres e projeções de vídeo, que revelam a forma como o artista pensa em uma política das imagens no mundo contemporâneo.
Na instalação “O Som do Silêncio” (2006), Alfredo Jaar convida o público para refletir, a partir de um vídeo de 8 minutos, sobre os vários aspectos por trás da polêmica foto feita pelo sul-africano Kevin Carter (1960-1994) de um garoto faminto no Sudão sendo observado por um abutre. A imagem rendeu ao fotojornalista, que cometeu suicídio aos 33 anos, o Prêmio Pulitzer de fotografia.
Outra atração é a obra “Lamento das Imagens” (2002),que discute os poderes que controlam a criação e circulação de imagem. A instalação ofusca literalmente a visão do público, ao lançar uma luz muito forte vinda de um telão em uma sala escura. Essa “cegueira temporária” é uma metáfora para o processo de ocultação de imagens e a necessidade de combater tal violência.
Já em “Sombras” (2014), o artista parte de uma fotografia do holandês Koen Wessing (1942-2011), que registrou o fim do regime autoritário de Anastasio Somoza García (1896-1956) na Nicarágua.
Na instalação, uma sequência de outras imagens antecipam a exibição da foto principal e um jogo de luz e sombras destaca a silhueta de duas mulheres que lançam os braços ao ar. A ideia é pensar sobre a dor e o sofrimento.
Você ainda pode conferir a obra “Geografia = Guerra” (1991); as instalações “Fora de Equilíbrio” (1989) e “Claro-Escuro” (2015); a projeção “Um milhão de pontos de luz” (2005), entre outros trabalhos.
Um pouquinho sobre Alfredo Jaar
Nascido em Santiago, em 1956, Alfredo Jaar também é arquiteto, fotógrafo e cineasta. Ele começou sua trajetória artística no Chile, no final dos anos de 1970, quando o país passava pela ditadura militar. E ganhou destaque depois de se mudar para os Estados Unidos em 1982.
Foi a partir desse momento que ele começou a colocar em evidência em suas obras as relações de poder internacionais. E passou a discutir temas como a continuidade das violências coloniais no mundo contemporâneo, as violências que provocam a invisibilidade seletiva de povos e populações.
Os trabalhos de Alfredo Jaar figuram entre as mais importantes coleções de arte do mundo, como a do MASP – Museu de Arte Moderna de São Paulo; do Tate Modern, em Londres; do Centre Pompidou, em Paris; do MoMA – Museu de Arte Modern e do Guggenheim Museum, em Nova York; e do Centro Reina Sofia, em Madri, entre muitas outras.
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