Exposição inédita (e gratuita) instaura ‘Ditadura Gay’ em SP
Nem Adoniran Barbosa imaginaria que o bairro do Jaçanã, imortalizado por ele na música “Trem das Onze”, se tornaria um local extremamente conservador e de risco para a comunidade LGBT da região. Como resposta ao fundamentalismo dessa área, a Companhia dxs Terroristas apresenta o projeto “Ditadura Gay”, que propõe uma exposição inédita na Casa de Cultura da Vila Guilherme.
Intitulada“Ditadura Gay – Guerrilha Digital”, a mostra nasce como forma de “enviadescer” os espaços e fazer a comunidade LGBT coexistir em locais públicos com população geral, sem a necessidade de criar ou reforçar guetos excludentes. A exposição fica em cartaz de terça-feira a domingo e conta com entrada Catraca Livre.
A “Ditadura Gay” é uma ficção distópica apresentada como reflexão urgente da voz ativa da comunidade LGBT. A ideia nasceu após as famosas falas de políticos ligados à bancada da bíblia, em que afirmam que estamos vivendo ou caminhando para uma ditadura gayzista.
- Exposição | “Ditadura Gay – Guerrilha Digital”, de Buzz Marcitelli
Sob a direção do artista convidado Buzz Marcitelli, que irá produzir ensaios fotográficos de multidões durante as diversas etapas do projeto, em conjunto com Xs Terroristas da Cia. Este procedimento se trata da criação de pinturas digitais com o tema “Terrorismo de Gênero e Distribuição de Violência” para execução de uma série intitulada “Ditadura Gay – Guerrilha Digital”. Esse material será impresso e terá uma exposição pública na Praça do Jaçanã, em parceria com o Museu do Jaçanã, que receberá este material para exibição como acervo temporário pelo período de 45 dias.
As exposições do museu são todas gratuitas. As imagens integrarão também uma HQ também produzida por Marcitelli, composta por 25 quadros.
Cia. Dxs Terroristas
A CiA dXs TeRrOrIsTaS foi fundada em 2016 com o desejo de investigar e provocar terrorismos poéticos na região norte de São Paulo. Inspirados pelos manuscritos do historiador alemão Hakin Bey, o grupo trabalha a ideia de atentado como linguagem, esbarrando pela via da performance como potência ativa de promover diálogos poéticos com seu público.
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