Exposição no MAM mostra como a arte resistiu durante a Ditadura

'Os anos em que vivemos em perigo' leva ao MAM o recorte de um período plural da arte brasileira, nos anos 1960

Até 28 de julho de 2019

Terça - Quarta - Quinta - Sexta - Sábado - Domingo

Das 10h às 17h30

Grátis

Os anos 1960 foram marcados por movimentos de contestação em vários países do mundo, por motivos diversos – sistemas educacionais, costumes, repressão política, contestação de guerras. No Brasil não foi diferente e, a despeito da censura imposta pela Ditadura, houve no período uma intensa produção artística, que retratou a atmosfera de tensão e riscos da época.

Museu de Arte Moderna (MAM) no Parque do Ibirapuera, em SP. A entrada é gratuita aos sábados. Vai lá? Então, tire uma foto, publique no seu Facebook ou Instagram, e marque a hashtag #catracasp
Museu de Arte Moderna (MAM) no Parque do Ibirapuera, em SP. A entrada é gratuita aos sábados. Vai lá? Então, tire uma foto, publique no seu Facebook ou Instagram, e marque a hashtag #catracasp

Para revisitar esse contexto, especificamente o período de 1965 a 1970, o Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM) exibe a exposição “Os Anos em Que Vivemos em Perigo”, que apresenta um recorte focado na segunda metade da década de 1960, um período plural da arte brasileira, que foi fundamental para o desenvolvimento de nossa produção até os dias atuais.

Tal cenário transformou o antropofágico caldeirão cultural do país, no mesmo momento em que acontecia a reestruturação do MAM que, em 1969, teve sua nova sede inaugurada, resistindo aos tempos e chegando até o momento atual em que celebra seus 70 anos de história.

Com curadoria de Marcos Moraes, a exposição reúne desde a tendência pop até obras de filiação surrealista, muitas das quais exprimindo as inquietações sociais e comportamentais que marcaram aquela época. São ao todo 50 obras de artistas como Antônio Henrique Amaral, Anna Maria Maiolino, Antônio Manuel, Cláudio Tozzi, Maureen Bisilliat e Wesley Duke Lee.

Pinturas, xilogravuras, fotografias e objetos foram selecionados para apresentar imagens associadas ao ambiente cultural vigente como as manifestações, greve, censura, utopia, repressão, desejo e identidade brasileira – um apanhado que apresenta a potencialidade da ampliação de horizontes produzida pela vanguarda brasileira nesta época.

A mostra fica em cartaz de 30 de abril a 28 de julho, de terça a domingo, das 10h às 17h30, no Museu de Arte Moderna de São Paulo, dentro do Parque Ibirapuera. A visita à exposição é gratuita.