Exposição Pet Machine, de Celso Gitahy

Por: Redação

Monica Filgueiras abre em sua galeria a exposição Pet Machine de Celso Gitahy, um dos pioneiros da street art, especialista em stencil art. Com 30 trabalhos em exibição o artista, reconhecido por suas obras elaboradas e transgressoras, apresenta uma perspectiva poética e animal do caos e da insanidade da obsessão humana com máquinas em detrimento do ser vivo: a banalização da vida. Abertura dia 15 de setembro.

Exemplares da fauna brasileira como cachorro, pássaro, golfinho, macaco, tigre, lagarto, bem como o canguru e o diabo da Tasmânia, são apresentados com corpo animal e cabeças substituídas por componentes de máquina o que demonstra total falta de sentimento. São obras de stencil art, em tons de preto, branco e cinza com sutis destaques de cor, onde o artista traz para dentro da galeria de arte sua técnica aprimorada nos trabalhos de street art; um recorte da arte das ruas.

A mostra itinerante Pet Machine, já foi apresentada na Austrália, na cidade de Melbourne – Hogan Gallery e Libery Art Space e, em sua temporada no Brasil, incorpora novos trabalhos criados especialmente para essa exposição. Nos dois continentes, o artista enfatiza a banalização da vida animal para satisfazer desejos humanos exibindo trabalhos em stencil que representam a falta de sentimentos pela inexistência de feições faciais.

Sobre o artista

Celso Gitahy é natural de São Paulo. Graduou-se em artes plásticas pela faculdade Belas Artes de São Paulo. Iniciou a sua produção artística no começo dos anos oitenta desenhando e escrevendo com canetas e é contemporâneo dos primeiros grafiteiros de São Paulo. Na década de noventa especializou-se em stencil art, muito presente em sua obra.

Trabalha paralelamente em outras técnicas como desenho, pintura, poesia, produção de textos, além de realizar oficinas, palestras e curadorias sobre a técnica. É autor do livro “O que é Graffiti” da coleção Primeiros Passos da ed. Brasiliense; assina um capítulo no livro “O Graffiti na cidade de São Paulo e sua vertente no Brasil”; “Estéticas e estilos” editado pelo Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo e o artigo “Grafiteiros grafitistas rumo a virada do milênio” inserido na Revista do Patrimônio Histórico – Ano III da Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo. Participa de exposições, individuais como coletivas, no Brasil e no Exterior.

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