Exposição no IMS Rio exibe fotografias icônicas de Peter Scheier

Fotógrafo registrou as transformações sociais e arquitetônicas no Brasil das décadas de 1940 e 1950

Até 31 de outubro de 2021

Terça - Quarta - Quinta - Sexta - Sábado - Domingo

Terça a sexta, das 12h às 16h30 | Sábados, domingos e feriados, das 10h às 16h (necessário agendar a visita online)

Site: ims.com.br

Telefone: (21) 3284-7400

As belas e icônicas fotografias do polonês Peter Scheier (1908-1979), radicado no Brasil desde 1937, podem ser conferidas na exposição retrospectiva do IMS Rio, que exibe um pequena parte do vasto acervo de 35 mil negativos do fotógrafo, preservado pela instituição.

Peter Scheier registrou a construção do MASP, em SP. Olha que legal essa foto!
Créditos: Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand em construção, projeto de Lina Bo Bardi, avenida Paulista, São Paulo, 1966. Crédito: Peter Scheier / Acervo Instituto Moreira Salles.
Peter Scheier registrou a construção do MASP, em SP. Olha que legal essa foto!

A mostra “Arquivo Peter Scheier” pode ser conferida gratuitamente entre 22 de maio e 31 de outubro, de terça a sexta, das 12h às 16h30, e aos sábados e domingos, das 10h às 16h. Fique ligade, pois é preciso agendar a sua visita antecipadamente por este site.

Com curadoria de Heloisa Espada, a mostra é resultado de uma pesquisa de dois anos no acervo do fotógrafo, que documentou as transformações sociais e arquitetônicas no Brasil nas décadas de 1940 e 1950.

Foram reunidos cerca de 300 itens sobre o artista, entre fotografias, publicações e documentos, vindos da coleção do IMS, do Instituto Peter Scheier, da Casa de Vidro, do MASP e da FAU-USP.

Scheier também acompanhou a construção de Brasília
Créditos: Palácio do Planalto, Brasília, 1960. Fotografia sobre papel, gelatina/prata. Foto de Peter Scheier / Acervo IMS
Scheier também acompanhou a construção de Brasília

Entre os destaques, estão os registros feitos por Peter Scheier sobre a construção do MASP – Museu de Arte de São Paulo, um icônico projeto de Lina Bo Bardi em plena avenida Paulista. Ele trabalhou como fotógrafo oficial dessa instituição entre 1947 e 1955, sob a gestão de Pietro Maria Bardi, e documentou obras do acervo, exposições, cursos e diversos eventos.

Outra atração é uma coleção de 20 álbuns, produzidos em papel fotográfico, nos quais Scheier editava seus trabalhos profissionais e pessoais. Há obras comissionadas por empresas, fotos dos filhos e registros de viagens em família.

A 1ª Bienal de Arte de SP também foi registrada pelo fotógrafo
Créditos: Montagem da I Bienal do Museu de Arte Moderna de São Paulo, esplanada do Trianon, avenida Paulista, 1951. À direita, Criança morta (1944), de Candido Portinari; da esquerda para a direita: homem não identificado, Aldo Bonadei, Bruno Giorgi, Sérgio Milliet, mulher não identificada e Victor Brecheret. Fotografia sobre papel, gelatina/prata. Foto de Peter Scheier / Acervo IMS
A 1ª Bienal de Arte de SP também foi registrada pelo fotógrafo

Você ainda pode conferir os registros históricos da 1ª Bienal de São Paulo, em 1951; e uma seção dedicada ao trabalho de Scheier na revista “O Cruzeiro”, para a qual produziu cerca de 100 fotorreportagens entre 1945 e 1951.

Logo na abertura da mostra, há um bate-papo online com a curadora Heloisa Espada e os pesquisadores Igor Simões e Michelle Farias Sommer sobre a importância do fotógrafo. A conversa é gratuita e transmitida ao vivo pelo Youtube e Facebook do IMS, no dia 22 de maio, às 17h.

Um pouquinho sobre Peter Scheier

Nascido em uma família judaica em 1908, na pequena cidade polonesa de Głogów, Scheier chegou ao Brasil em 1937, fugindo da perseguição nazista. Na época, ele tinha uma carta de recomendação para trabalhar em um frigorífico em São Paulo, e nas horas vagas vendia cúpulas de abajur.

As fotos de Scheier estamparam cerca de 100 reportagens da famosa regista O Cruzeiro
Créditos: Lutadoras de luta livre, São Paulo, 1950. Foto de Peter Scheier para a reportagem “As belas viram feras”, O Cruzeiro, ano xxii, n. 50, 30.09.1950. Fotografia sobre papel, gelatina/prata. Acervo Instituto Moreira Salles
As fotos de Scheier estamparam cerca de 100 reportagens da famosa regista O Cruzeiro

Como estava cansado de carregar essas cúpulas, decidiu fotografá-las para fazer um catálogo e, dessa maneira, descobriu a profissão de fotógrafo. Ele começou fotografando casamentos, batizados e formaturas, mas, em poucos anos, destacou-se na fotografia de arquitetura e colaborou com grandes profissionais dessa área como Gregori Warchavchik, Rino Levi, Carlos Bratke e Lina Bo Bardi.

Além de ter sido fotógrafo oficial do MASP, Peter Scheier trabalhou para vários veículos importantes como o jornal O Estado de S. Paulo, a revista O Cruzeiro e a TV Record. Também colaborou com a agência americana Pix, com a qual publicou várias reportagens internacionais, incluindo a cobertura da inauguração de Brasília.

Visita segura

Para garantir a sua segurança ao visitar a exposição “Arquivo Peter Scheier”, o IMS-Rio adotou uma série de protocolos. O uso de máscaras é obrigatório em todo o local, a temperatura de todes será aferida logo na entrada e há álcool em gel disponível em vários cantos do edifício.

Respeite a distância recomendada entre as pessoas, as orientações da equipe do museu e as sinalizações. Se você sentir qualquer sintoma de Covid-19 no dia da visita, fique em casa.


#DicaCatraca: sempre lembre de usar a máscara de proteção, andar com álcool em gel e sair de casa somente se necessário – e nunca com sintomas de resfriado! Caso pertença ao grupo de risco ou conviva com alguém que precise de maiores cuidados, evite passeios presenciais. A situação é séria! Vamos nos cuidar para sair desta pandemia o mais rápido possível. Combinado? ❤


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