Exposição retrata Orixás das religiões de matriz africana

Obras do artista plástico Miguel Angelo são expostas no salão Estação Cultura, no complexo cultural da Estação Júlio Prestes

Até 31 de agosto de 2018

Segunda - Terça - Quarta - Quinta - Sexta

Das 10h às 17h

Grátis

Telefone: (11) 3367-9500

A exposição Orixás – Sincretismo do Nosso Brasil, do artista plástico Miguel Angelo, exibe imagens, adereços e representações de entidades cultuadas pelas religiões de matriz africana. Os trabalhos estão expostos na Estação Cultura, no complexo da Estação Júlio Prestes da CPTM,  no Centro de São Paulo, entre os dias 30 de julho e 31 de agosto, com visitação gratuita de segunda a sexta-feira, das 10h às 17h.

Entre as obras estão representações lúdicas e criativas dos orixás Omolu, Irôko, Ibeji e Xangô. Também conhecido Obaluaiyê, Omolu, o rei e senhor da terra, é representado coberto dos pés à cabeça por palhas. Segundo a mitologia iorubá, ele foi abandonado à beira do mar pela própria mãe, Nanã Buruku, porque nascera com o corpo cheio de feridas. Iemanjá o encontrou quase morto e cuidou de suas chagas, mas mesmo assim ele ficou com o corpo cheio de chagas e, por isso, esconde-se das outras pessoas.

Cultuado principalmente pela nação Ketu do Candomblé, Irôko representa as dimensões do tempo e do espaço, além da ancestralidade. Ele foi primeira árvore plantada e o motivo pela qual todos os outros Orixás teriam descido à Terra.

Divindade dupla da vida, Ibeji é representada pelos gêmeos Kehinde e Taiwo, filhos de Xangô com Oyá, criados por Oxun. Kehinde, o irmão que nasceu primeiro, mandava Taiwo supervisionar o mundo. Sua função é indicar a dualidade, a contradição, a coexistência de opostos. É um Orixá relacionado à infância, à brincadeira e à alegria.

Já Xangô, o senhor da justiça, foi rei de Oyo, na Nigéria, e é representado com um machado duplo em sua mão por causa de sua vocação de guerreiro viril. Orixá do fogo, dos raios e das tempestades, ele castiga os mentirosos, malfeitores e ladrões. É adorado e temido ao mesmo tempo.

A proposta da exposição é promover o reconhecimento e a valorização das religiões afro-brasileiras, preservando suas tradições. Além disso, o trabalho de Miguel Angelo busca combater a perseguição religiosa e a intolerância.