Exposição ‘A Cor do Invisível’ exibe 12 obras de Tomie Ohtake
Com pinturas e gravuras, mostra comemora os 107 anos da artista japonesa radicada no Brasil e os 19 anos do Instituto que leva o nome dela
Até 04 de abril de 2021
Sexta - Sábado - Domingo
Das 12h às 17h
Grátis
Uma das artistas que melhor representaram a estética do abstracionismo informal, a japonesa Tomie Ohtake (1913-2015) teria feito 107 anos no último dia 21 de novembro. Para não deixar a data passar batida, o Instituto Tomie Ohtake (SP) recebe a exposição “A Cor do Invisível”, entre os dias 28 de novembro e 4 de abril de 2021.
A mostra também comemora os 19 anos desse amado centro cultural paulistano e pode ser conferida de sexta-feira a domingo, das 12h às 17h, com entrada grátis.
Com curadoria de Luciara Ribeiro e Luise Malmaceda, a exposição reúne cinco pinturas, seis gravuras e um estudo para a empena de um edifício localizado na Ladeira da Memória. A ideia é apresentar ao visitante um ensaio visual centrado na ousadia das cores utilizadas pela artista nipo-brasileira.
Esses trabalhos, produzidos nos anos 70 e 80, revelam uma combinação de cores enfática, na qual a fluidez do gesto dá lugar a construções mais sólidas, ainda que não completamente rígidas, com destaque para jogos de luz, sombra e nuances.
Desde 2014, o Instituto Tomie Ohtake tem aberto um espaço permanente de exposições de longa duração para o trabalho da artista. A proposta dessa iniciativa é dar acesso ao público para a vasta produção de Tomie e atualizar constantemente a pesquisa sobre a trajetória dela.
Um pouquinho sobre a artista…
Nascida na cidade de Kyoto, no Japão, Tomie Ohtake chegou ao Brasil em 1936 para visitar um de seus cinco irmãos. Essa brilhante artista não pôde voltar para sua terra-natal por conta da Guerra do Pacífico e acabou ficando aqui no país, casou-se e teve dois filhos.
Ela só começou a pintar aos 40 anos, incentivada pelo artista japonês Keiya Sugano e logo virou referência no abstracionismo informal. Desde então, participou de 20 Bienais Internacionais de Arte em vários países, recebeu 28 prêmios, exibiu suas pinturas, esculturas e gravuras em mais de 120 exposições individuais e em muitas outras mostras coletivas.
Com seu reconhecimento, Tomie tornou-se uma espécie de embaixatriz das artes e da cultura no Brasil. Por isso, recepcionou grandes personalidades internacionais, como a Rainha Elizabeth, o Imperador, a Imperatriz e o Príncipe do Japão, o dançarino Kazuo Ohno, a coreógrafa Pina Bausch, a artista Yoko Ono, o escritor José Saramago, o encenador Robert Wilson, entre muitos outros.