Exposição Xilograffiti reúne cordéis, lambe-lambes e intervenções em SP
Público ainda conta com uma programação de oficinas e encontros no Sesc Consolação. Saiba mais:
Até 31 de julho de 2022
Terça - Quarta - Quinta - Sexta - Sábado - Domingo
De terça a sábado, das 10h às 21h, e, aos domingos e feriados, das 10h às 18h
Grátis
Você já parou para pensar que podem existir conexões entre a xilogravura e o graffiti? O curador Baixo Ribeiro fez essa relação e, a partir disso, desenvolveu a exposição Xilograffiti, em cartaz no Sesc Consolação entre os dias 5 de maio e 31 de julho.
Para Ribeiro, embora essas artes pareçam muito diferentes, é possível encontrar muitos pontos convergentes entre elas. E, durante as suas pesquisas, o que chamou mais a atenção foi o fato de ambas serem construídas em caráter inclusivo, colaborativo e participativo.
Assim, de terça a a sábado, das 10h às 21h, e, aos domingos e feriados, das 10h às 18h, o público entra em contato com cordéis, cartazes, lambe-lambes, murais e uma série de xilogravuras que integram o acervo Sesc. O mais legal é que a exposição é viva e, até julho, novas obras serão incorporadas de tempos em tempos.
O objetivo da mostra é apresentar a diversidade territorial, de técnicas, de dimensões e de processos entre os artistas. Por isso, foram selecionados trabalhos de várias mulheres, batendo de frente com a ideia de que essas criações são predominantemente masculinas.
Dessa forma, é possível encontrar produções de J. Borges (PE), Lira Nordestina (CE), Samuel Casal (RS), Atelier Piratininga (SP), Turenko (AM), Paulestinos (SP), Oficina Tipográfica (SP), Romildo Rocha (MA), Derlon (PE), Xicra convida soupixo, Andréa Sobreiro e Carol Piene (CE), 23ª edição do Projeto Armazém – Mulher Artista Resiste (SC) e Lau Guimarães (SP).
Todas essas criações foram divididas em seis núcleos temáticos. Em Cordel Raiz estão vários fanzines independentes construídos com muito humor e crítica social. São obras de J. Borges e Lira Nordestina impressas em oficinas xilo-tipográficas e expostas em varais.
Na seção Cordel Contemporâneo estão agrupados os chamados zines de guerrilha, impressos em xilo ou xerox, dobrados e panfletados. Trata-se de uma atualização do cordel raiz, mas que aborda temas atuais e reivindica novas posturas visuais do mundo contemporâneo.
Os trabalhos de Xicra, Bestas Marginais e soupixo refletem a região do Cariri – que aproxima os estados do Ceará, Pernambuco, Paraíba e Piauí – e são apresentados em um grande mural.
O tema Xilo Urbana se concentra nas gráficas independentes, já que elas se tornaram pontos de encontro dos novos artistas provenientes das cidades. Há trabalhos em lambe-lambes de Piratininga, um mural de piso em Linóleo de Turenko e uma parede entalhada em xilogravura feita por Samuel Casal.
Na área denominada Lambegrafia, a 23ª edição do Projeto Armazém – Mulher Artista Resiste e os Paulestinos subvertem o conceito do cartaz, transformando seu conteúdo em pura poesia e manifestação – e tudo feito a partir de lambe-lambes. Confira essas lindezas na exposição Xilograffiti.
As letras e palavras são as grandes estrelas da seção Tipograffiti. O Coletivo Oficina Tipográfica e o artista Lau Guimarães mostram como esses dois elementos podem se converter em ferramentas para a humanidade topar com seus próprios limites e ultrapassá-los.
Por fim, Graffiti Xilográfico reforça que a liberdade criativa atual foi conquistada por artistas do passado, grandes responsáveis por abrir os caminhos. Assim, enquanto Derlon pinta diretamente sobre uma parede, estabelecendo uma nova dimensão gráfica para o ambiente da sala expositiva, Romildo Rocha faz um grande mural na empena cega do Sesc Consolação, propondo um diálogo entre a cultura pop urbana e a cultura popular do Nordeste.
Acompanhe o site do Sesc para saber sobre as oficinas e encontros relacionados à exposição Xilograffiti.
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