Festival aborda questões de gênero, negritude e direitos humanos

Artistas de países como Argentina, Brasil, Canadá, França, Irlanda do Norte, Jamaica, Reino Unido e Uruguai apresentam seus trabalhos no Risco Festival

Por: Redação

Até 15 de dezembro de 2018

Todos os dias

Diversos horários

Recursos de acessibilidade para pessoas com deficiência não informados pelo próprio organizador do evento

Grátis

Está chegando em São Paulo a primeira edição do Risco Festival, evento idealizado por Natalia Mallo e Gabi Gonçalves que busca dar voz às populações que estão às margens da sociedade. Treze espaços da capital paulista recebem concertos matinais de música instrumental, jam de dança aberta para pessoas com e sem deficiência, música ao vivo, leitura de peça de teatro de e para jovens, debates, instalação audiovisual, encontro internacional de arte queer e festas.

Os principais temas do Risco são gênero e sexualidade, corpos dissidentes, negritude, questão indígena, classe, infância, velhice e deficiência. Para tratar desses assuntos foram convidados artistas e ativistas de países como Argentina, Brasil, Canadá, França, Irlanda do Norte, Jamaica, Reino Unido e Uruguai.

As atividades são gratuitas ou a preços populares. Três delas também compõem a programação do Festival de Direitos Humanos da Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania, que também acontece em dezembro.

Entre as atrações internacionais estão a performance o Tribunal dos Animais”, da francesa Catherine Baÿ. Utilizando máscaras de animais, a artista pretende dar voz àqueles que, como os bichos, não têm o direito de falar. A atração acontece no dia 8, às 15h, no CCJ – Centro Cultural da Juventude (Avenida Deputado Emílio Carlos, 3641 – Vila dos Andradas), e no dia 9, às 11h, na Avenida Paulista, altura do nº 3000.

De uma parceria Brasil e Canadá surgiu a performance “Dança no Vale”. O coreógrafo, bailarino e professor canadense Brian Solomon, descendente do povo Anishnaabe, identifica-se como “Two Spirits” (dois espíritos) e pesquisa as possibilidades do corpo e a não-normatividade na dança. Com formação em balé e danças somáticas, seus espetáculos trabalham sobre a ancestralidade indígena por meio do resgate de uma memória gestual, em busca de uma “indigenização do corpo”. A apresentação acontece no dia 12, às 12h30, no Vale do Anhangabaú.

No dia 13, às 20h, a Biblioteca Mário de Andrade ( Rua da Consolação, 94 – República) recebe o show “Canções Sudacas”, da cantora, compositora, poeta e ativista travesti argentina Susy Shock acompanhada da violonista Andrea Bazán e será apresentada por Lisa Kerner.

Os músicos São Yantó, Mariá Portugal, Maria Beraldo e Paula Mirhan, do Brasil, se apresentam nos dias 14 e 15, às 20h, e 16, às 18h, no Teatro Décio de AlmeidaPrado  (Rua Cojuba, 45 – Itaim Bibi).

Ainda estão previstas diversas outras atividades. Para acompanhar a programação completa, acesse o site.