Festival de Jazz tem Hermeto Pascoal, Jeneci e Alice Caymmi

Jazz In Festival SP ocupa o Teatro Porto Seguro e a praça do Espaço Cultural Porto Seguro com shows, exibição de filmes e discotecagem

Onze shows e exibição de cinco documentários integram a primeira edição do Jazz In Festival SP, festival de jazz em celebração ao gênero musical que toma conta do Teatro Porto Seguro e na praça do Espaço Cultural Porto Seguro.

O festival de jazz apresenta uma programação que privilegia desde artistas iniciantes até os consagrados – em comum, todos têm músicas que dialogam diretamente com o jazz, seja de modo direto ou por meio das várias vertentes do gênero.

Jazz In tem como destaque shows de Hermeto Pascoal, Marcelo Jeneci e Alice Caymmi
Créditos: reprodução
Jazz In tem como destaque shows de Hermeto Pascoal, Marcelo Jeneci e Alice Caymmi

Os shows acontecem entre setembro e dezembro, sempre às terças, no teatro, e aos sábados na praça – que inclui os shows, exibição de filmes e atrações para toda a família, como feira de exposições, atividades educativas e espaço pet friendly.

Festival de Jazz no teatro

No Teatro Porto Seguro, as apresentações das terças acontecem sempre às 21h. Os ingressos custam até R$ 90 e estão disponíveis para compra online.

Marina De La Riva leva o show ‘Memórias de um Jardim’ para o Jazz In
Créditos: Lucas Silvestre
Marina De La Riva leva o show ‘Memórias de um Jardim’ para o Jazz In

A abertura é com o mestre Hermeto Pascoal & Big Band apresentando o show Natureza Universal. Em seguida, apresentam-se Yamandu Costa e Jazz Cigano Quinteto, Marcelo Jeneci com o show Guaia, Alice Caymmi com Electra, Hamilton de Holanda Quarteto com o show Harmonize e Marina de La Riva com Memórias de um Jardim.

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Confira as datas:

  • 17/09
    Hermeto Pascoal & Big Band
    Natureza Universal é o primeiro disco gravado por Hermeto Pascoal ao lado de uma big band – o trabalho foi vencedor do Grammy Latino 2018 na categoria melhor álbum de Jazz Latino. Em um show eletrizante, Hermeto sobe ao palco ao lado de André Marques (Regência) Jota P., Cesar Roversi, Raphael Ferreira, Josué dos Santos e Dô de Carvalho nos saxofones, Sergio Coelho, Fábio Oliva, Paulo Malheiros, Bruno Pereira e Jaziel Gomes nos trombones, Raphael Sampaio, Diego Garbin, Bruno Soares, Rubinho Antunes e Reynaldo Izzepi nos trompetes, Tiago Gomes (Piano), Fábio Gouvêa (Baixo Elétrico), Cleber Almeida (Bateria), Fábio Leal (Guitarra) e Fábio Pascoal (Percussão). No repertório, composições de Hermeto para Big Band como Obrigado Mestre, Viva o Gil Evans, Choro Árabe, Pulando a Cerca, Brasil Universo, Pirâmide e muitas outras.

  • 24/09, às 21h
    Yamandu Costa e Jazz Cigano Quinteto
    Yamandu Costa é uma referência mundial na interpretação da música brasileira, a qual domina e recria a cada performance, inclusive em suas composições. O grupo curitibano Jazz Cigano Quinteto é uma das principais referências do jazz manouche no Brasil. O gênero musical foi criado pelo violonista cigano-belga Django Reinhardt, e imortalizado no seu Quintett du Hot Club de France, que ainda contava com o importante violinista francês Stephane Grapelli, na Paris dos anos 30. O Jazz Cigano Quinteto é formado por Lucas Miranda (Violão), Mateus Azevedo (Bateria), Vinícius Araújo (Violão), Wagner Bennert (Contrabaixo acústico) e John Theo (Violino).
Yamandu Costa se apresente em setembro no Jazz In
Créditos: Julye Jacomel
Yamandu Costa se apresente em setembro no Jazz In
  • 1º/10, às 21h
    Marcelo Jeneci
    Em seu novo disco, o cantor e compositor Marcelo Jeneci homenageia o bairro que cresceu: Guaianazes. Guaia traz sonoridades acústicas, sintéticas e regionais. As composições do álbum contam com parcerias de Arnaldo Antunes, Chico César, Luiz Tatit, José Miguel Wisnik e Pedro Bernardes, que também produziu o disco com Jeneci, entre outros. Guaia foi lançado após um intervalo de seis anos entre seu último álbum e o novo. Esse hiato revelou, segundo o artista, uma desconstrução necessária na sua passagem entre velho e novo, menino e homem, e toda precocidade que o habitava por ter começado a tocar aos sete anos de idade.
  • 5/11, às 21h
    Alice Caymmi
    Alice Caymmi apresenta músicas que garimpou junto de Zé Pedro (diretor artístico do álbum), em obras de antigos compositores para o novo álbum, como Medo (letra de Reinaldo Ferreira com interpretação de Amália Rodrigues), De Qualquer Maneira (Candeia), Diplomacia (Maysa), Pelo Amor de Deus (Tim Maia) e Mãe Solteira (Elton Medeiros e Tom Zé). A artista também revisita músicas de seus álbuns anteriores em faixas como Agora e A Estação (do álbum ALICE, de 2018); Iansã, Meu Recado e Como Vês (de Rainha dos Raios, de 2014), entre outras surpresas, como Andança, música do pai da cantora, Danilo Caymmi.

  • 12/11, às 21h
    Hamilton de Holanda Quarteto
    Harmonize é o 38° álbum do bandolinista Hamilton de Holanda e traz dez músicas autorais. O projeto expõe a inconfundível assinatura de improvisador e compositor do artista, refletida na sua maneira de traduzir ideias musicais e impressões sobre a vida com “o coração na ponta dos dedos”. Com direção artística do bandolinista com seu empresário e parceiro criativo, Marcos Portinari, Harmonize foi gravado em quarteto com Daniel Santiago (violão), Thiago do Espirito Santo (baixo) e Edu Ribeiro (bateria). Juntos, eles formam o Hamilton de Holanda Quarteto, uma síntese do Brasilianos (2006 – 2011), que rodou o mundo, ganhou diversos prêmios e uma legião de fãs. Algumas canções presentes no show são Canto da Siriema, Harmonize, Nasceu o Amor e Tamanduá.
Daniel Santiago (violão), Thiago do Espirito Santo (baixo) e Edu Ribeiro (bateria) formam o Hamilton de Holanda Quarteto
Créditos: Dani Gurgel
Daniel Santiago (violão), Thiago do Espirito Santo (baixo) e Edu Ribeiro (bateria) formam o Hamilton de Holanda Quarteto
  • 3/12, às 21h
    Marina de La Riva
    Criado para celebrar os 10 anos de carreira da cantora, Marina de La Riva apresenta o show Memórias de um Jardim, que une composições próprias da cantora e de grandes artistas brasileiros e latino-americanos, como Roberto Ribeiro, Silvio Rodriguez e Gloria Estefan. Inspirada no jardim de casa e nas memórias de infância, Marina apresenta um show que tem como propósito fazer o público refletir sobre os diversos significados que a palavra jardim carrega, como a metáfora da vida em movimento, os ciclos em espiral, a esperança e as expectativas para o futuro.

Programação gratuita e ao ar livre

Já na praça do Espaço Cultural Porto Seguro, as apresentações acontecem aos sábados, com entrada gratuita.

Desde o meio-dia, produtos e comidinhas da Fair&Sale estão disponíveis para venda, enquanto o evento prossegue com discotecagem e ações educativas. Os shows começam às 17h e os documentários são exibidos às 19h.

Fernando Nunes é baixista e integra a banda de Zeca Baleiro
Créditos: Gal Oppido
Fernando Nunes é baixista e integra a banda de Zeca Baleiro

A programação da parte gratuita do festival de jazz abre com Gilú Amaral seguido pela exibição do documentário “Clara Estrela”, sobre a trajetória de Clara Nunes, e prossegue com apresentação do Tercio Guimarães Quinteto e o documentário “Erlon Chaves: O Maestro do Veneno!”, show do Fernando Nunes Trio seguido do documentário “Dominguinhos”, Aziza Quarteto e exibição do documentário “Vinil, Poeira e Groove”, e encerra com show de Nath Rodrigues e exibição de “Sotaque Elétrico”.

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Confira as datas:

  • 21/09, às 17h
    Gilú Amaral no show Percursos
    A música criativa, versátil e experimental do percussionista pernambucano Gilú Amaral gerou mais um desafio sonoro que extrapola rótulos e une a música eletrônica e os instrumentos percussivos. Essas duas vertentes musicais, que estão em alta no mundo todo, se fundem nesse projeto pela vontade de Gilú Amaral com a colaboração do DJ Rimas.INC (Clécio Rimas). O percussionista pernambucano fundou uma das bandas mais inventivas da cena musical pernambucana, a Orquestra Contemporânea de Olinda (OCO). 

    Às 19h
    Clara Estrela, de  Susanna Lira e Rodrigo Alzuguir
    O filme narra, na primeira pessoa, a trajetória da cantora Clara Nunes (1942-1983), que conquistou o Brasil e vários países do mundo. Embalado por imagens oníricas e sem entrevistas, o documentário é construído por depoimentos da artista na mídia impressa, na voz da atriz Dira Paes. A narrativa é realçada pelo ineditismo do arquivo de imagens e uma minuciosa seleção de músicas.

  • 28/09, às 17h
    Tércio Guimarães Quinteto no show Elementais
    Radicado em São Paulo, o saxofonista baiano Tércio Guimarães apresenta composições próprias com influências dos ritmos afro-baianos somadas às influências da cultura cosmopolita da cidade de São Paulo. O show é o resultado do repertório do seu primeiro álbum autoral chamado Tercio Guimarães Quinteto – Elementais. O disco foi produzido pelo baixista e produtor Marcelo Mariano e conta com as participações do multi-instrumentista Webster Santos, do maestro Letieres Leite da Orkestra Rumpilezz, da cantora Andréa Costalima, do pianista Moisés Alves e do próprio Mariano.
Nath Rodrigues fecha a programação do Jazz In em dezembro, dentro da programação gratuita do festival de jazz
Créditos: Sarah Leal
Nath Rodrigues fecha a programação do Jazz In em dezembro, dentro da programação gratuita do festival de jazz
  • Às 19h
    Erlon Chaves: O Maestro do Veneno!, de Alessandro Gamo
    De garoto prodígio das Rádios Associadas a um dos mais requisitados e modernos arranjadores do Brasil e criador da Banda Veneno, Erlon Chaves 1933-1974) influenciou a música brasileira do Samba-Jazz ao Samba-Rock. Neste documentário musical, acompanhamos sua meteórica trajetória, as marcas que Erlon deixou na indústria fonográfica, na televisão e no cinema, além da censura e do preconceito racial que enfrentou.
  • 5/10, às 17h
    Fernando Nunes Trio no show Se Meu Baixo Falasse
    Fernando Nunes é baixista nascido em Maceió. Após mudar para Salvador na década de 80, passou a integrar os grupos de Sarajane, Luiz Cladas, Margareth Menezes, entre outros, até conhecer Cássia Eller e excursionar com sua banda até 2001. Atualmente mora em São Paulo e integra a banda do compositor Zeca Baleiro, com quem já gravou vários CDs.  Sua banda é composta ainda pelos músicos Tony Augusto (guitarra) e Igor Galindo (bateria).

    Às 19h
    Dominguinhos, de Mariana Aydar, Eduardo Nazarian e Joaquim Castro
    Um retrato do sanfoneiro, cantor e compositor Dominguinhos (1941-2013), discípulo de Luis Gonzaga e autor de sucessos como Eu Só Quero um Xodó, Gostoso Demais, De Volta Pro Aconchego e Lamento Sertanejo. Sua obra revive em imagens de arquivo, derramando uma história que se multiplica em sons, versos e beleza.
  • 9/11, às 17h
    Aziza
    Aziza Quarteto é um grupo formado por Filipe Gomes, Ezequiel Costa, André Kusmitsch e Gustavo Da Silva e tem como proposta trazer releituras de artistas como: Roy Ayers, Stevie Wonder, Wayne Shorter entre outros. Tudo isso misturado a uma sonoridade contemporânea influenciada por hip hop, jazz e funk.

    Às 19h
    Vinil, Poeira e Groove, de Diego Casanova
    No início dos anos 2000, com o advento dos novos suportes digitais, o disco de vinil perdeu espaço no mercado fonográfico brasileiro. No entanto, diversas manifestações em todo o país permitiram manter viva a cultura do vinil. O documentário reúne algumas destas histórias.
  • 7/12, às 17h
    Nath Rodrigues no show Fractal
    Revelação entre os recentes nomes da nova MPB – vencedora do 1º lugar do Festival da Canção Todos os Sons em Itabirito, a artista mineira Nath Rodrigues lança seu primeiro álbum. Intitulado Fractal, o disco conta com 11 faixas autorais e participações de Chico César na música Embolado, Engolido e da também cantora mineira Maíra Baldaia em Minúcias.  Com direção de Rafael Dutra, Fractal sintetiza as influências de Nath que, desde a infância, tem mostrado seu talento não só com a voz marcante, mas também como compositora e instrumentista. A banda que acompanha Nath Rodrigues é formada pelas instrumentistas, Hadassa Amaral (bateria), Camila Rocha (baixo), Débora Costa (percussão) e Verônica Zanella (guitarra).

    Às 19h
    Sotaque Elétrico, de Caio Jobim e Pablo Francischelli
    Uma investigação sensorial sobre a natureza da guitarra brasileira, que parte da chegada da viola de machete no Recôncavo Baiano, em meados do século 19, até os dias de hoje. Intrusa e estranha, a guitarra teve de se adaptar à cultura do ritmo, própria aos gêneros nativos, forjando uma identidade original, muito além da tradição do rock’n’roll.

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