Festival Felino Preta festeja a negritude com muita arte! ✊🏿

Mostra virtual amplia o debate sobre representatividade com teatro, música, cinema e poesia. Dá só uma olhada nessa programação linda:

Até 12 de março de 2021

Todos os dias

Sempre às 20h

Recursos de acessibilidade para pessoas com deficiência não informados pelo próprio organizador do evento

Os espaços de poder e a questão da representatividade são temas pulsantes na 3ª edição online do Festival Felino Preta, que reúne artistas negros do teatro, dança, música, cinema e poesia. E você pode conferir essa programação incrível e gratuita entre os dias 18 de fevereiro e 13 de março, sempre às 20h, no canal do Circo Navegador no Youtube.

Juçara Marçal aquece o público para o Festival Felino Preta
Créditos: Luan Cardoso| Divulgação
Juçara Marçal aquece o público para o Festival Felino Preta

Para começar com força máxima, uma conversa bem bacana entre os artistas selecionados acontece no dia 18 de fevereiro, à 20h. Participam do encontro Mana Bella, Senzala Hi-Tech, Não Corre Menino, Uterço, Palomaris, Dawtas Of Aya, Meus Cabelos de Baobá, Grupo Ori, Dub Lova e Amanda Negrasim.

Esses artistas e coletivos foram escolhidos entre os mais de 380 inscritos por meio de um edital lançado pela Associação Felino. Eles gravaram suas apresentações em vídeos que são exibidos diariamente.

Outra atração incrível em aquecimento para o Festival Felino Preta é o show da cantora, professora universitária e jornalista Juçara Marçal, que ocorre no dia 19 de fevereiro, às 20h. Quais sucessos você gostaria de ouvir?

E na festa de encerramento, no dia 13 de março, rolam o show de Craca e Dani Negra e a entrega do Prêmio do Júri para as apresentações mais curtidas e vistas na terceira edição do evento. Todos os vídeos ficarão disponíveis em uma playlist no Youtube.

Além dessa programação maravilhosa, o Festival Felino Preta organizou recentemente um montão de conversas e oficinas incríveis e extremamente necessárias com professores e pessoas engajadas com a educação antirracista. Você pode assistir tudão no canal projeto.

Olha que incrível esse papo com a deputada e educadora Erica Malunguinho (a partir de 55m13s):

Uau! Que programação, minha gente! Confira abaixo tudo o que rola no Festival Felino Preta:

22/2 – Show de Mana Bella: A poeta, rapper, educadora social e atleta de skyline, Manna Bella lançou em 2010 seu primeiro single solo chamado “Cara Gente Branca” e, em 2020, seu EP “Denegrindo Saberes”.

23/2 – Documentário “Raimundos Mestre King”, de Luis Fabrício: Um dos selecionados na categoria vídeo, o espetáculo ‘Raimundos: Mestre King’ presta uma homenagem ao emblemático ‘Mestre King’, o dançarino baiano Raimundo Bispo dos Santos (1943-2018), figura fundamental para o desenvolvimento da dança afro-brasileira. A montagem se fundamenta na diversidade cultural afro-brasileira e, através do diálogo corporal de uma dupla de bailarinos negros, investiga aspectos existentes nas danças dos orixás, sambas de roda e puxadas de redes (entre outras) para produzir a dramaturgia da obra.

24/2 – Show de Senzala Hi-tech: O grupo já possui uma década de carreira e reforça a união entre o rap e a cultura afro-brasileira no álbum “Represença”. O grupo é formado por Diogo Silva (voz), MC Sombra (voz), Minari (produtor musical) e Junião (percussionista).

25/2 – Curta-metragem “CoroAção”, de Juciara Awô: Mariana Maia executa uma performance que procurou captar, de forma sensorial e intimista, a relação existente entre a ancestralidade de uma mulher preta e a água. É uma obra na qual mulheres negras sustentam a ancestralidade, o lugar de fala e ação no ori (palavra que, no candomblé, significa ‘coração, alma orgânica, inteligência’).

25/2 – Documentário “O Grito De Um Poeta – Carlos Assumpção”: No centro da obra está Assumpção, advogado e escritor que, tendo escolhido a poesia como forma de expressão de sua escrita, transformou suas narrativas em manifestações anti-racistas de grande alcance e valor.

26/02 – Espetáculo “Não corre, menino!”, da Cia Nosso Olhar: “A bala perdida costuma encontrar um corpo, e quase sempre esse corpo é preto. Hoje, ela me encontrou…” Não corre, menino conta a história de Eduardo da Silva Santos, um menino negro, de 12 anos, que é assassinado por uma bala perdida. A peça, que acontece de forma póstuma, narra do ponto de vista de uma criança negra, os acontecimentos que antecedem a sua morte.

1/3 – Show de Uterço: Uma das grandes referências nacionais do RAP, Uterço apresenta suas criações musicais sempre pautadas pela crítica social e a busca por valorizar as muitas vivências periféricas dos jovens. Entre esses estão os discos “Microfonicamente Dizendo” (2004), “Natural” (2008) e “Manhã” (2012).

2/3 – Vídeo-arte “MAJU”, de Aislane Nobre: Para além dos termos acadêmicos, a obra procura simplesmente mostrar como as mudanças de tons na pele da menina Maju, a sobrinha da artista visual, abrem caminho para um questionamento sobre a construção social da cor de pele, bem como a relação entre identidade negra e racismo na infância, racismo recreativo, fortalecimento identitário e ancestralidade.

2/3 – Performance “Na Boca Do Leão”, de Kiandewame Samba: O ator e bailarino mineiro expressa em suas obras experiências vividas “no território periférico afro-diaspórico kilombista.

3/3 – Show de Palomaris & Luis Felipe Gama:  A apresentação foi realizada, ao vivo, no dia 28 de setembro de 2020, dia que oficialmente homenageia-se a figura da Mãe Preta em nosso país. Após uma experiência catártica dentro da igreja paróquia Monte Serrate, onde Palomaris teve a inspiração para fazer o Show Online Mãe Preta, compondo ali mesmo, um trecho da música. Luis Felipe Gama se interessou em ouvir, e espontaneamente continuou a melodia da música no piano.

4/3 – Performance “Nego Pumba”, de Caroline Falero: “Nego Pumba” é o nome de um conto do escritor gaúcho José Falero, que procura narrar as vivências dos moradores da periferia de Porto Alegre.  A partir da obra a atriz Caroline Falero realizou a performance apresentada neste vídeo.

5/3 – Show de Dawtas of Aya: O grupo, formado pelas irmãs Carol Afreekana, Regiane Cordeiro e Sistah Mari, cria composições poético-musicais, a partir do reggae e do dub, sobre os povos marginalizados e excluídos socialmente.

8/3 – Espetáculo “Meus Cabelos de Baobá”, de Fernanda Dias: A peça conta a história de Dandaluanda, princesa que vive no Senegal e, ao ‘dialogar’ com um baobá, descobre em si mesma valores como a autoestima e o apreço por sua herança ancestral.

9/3 – Show do Grupo Ori : Formado por Beto Xambá (violão); Nino Xambá (flauta transversal), Memé Xambá (voz) e Thulio Xambá (cavaquinho), o grupo apresenta, numa roupagem moderna, suave e melódica, músicas tradicionais de religiões de matrizes africanas e afro-brasileiras das nações Xambá e Nagô.

10/3 – Performance “Isto não é Juliet”, de Gustavo Nascimento: O multiartista explora a pluralidade das linguagens artísticas negras e suas diásporas contemporâneas na performance.

10/3 – Performance musical “Eu não sou racista”, de Nego Max: O trabalho mostra um diálogo entre dois homens (o cantor e um ator) que falam sobre as diversas situações de racismo enfrentadas pelos pretos brasileiros que são encobertas pela falsa ideia de que o Brasil não é um país racista.

11/3 – Show Dub Lova: Dub Lova é o nome escolhido pelo pesquisador da cultura popular e especialista em reggae jamaicano, Danilova, para apresentar este ritmo em uma roupagem contemporânea.

12/3 – Show Amanda NegraSim: a artista é uma das vozes mais potentes do rap nacional e apresenta músicas que falam de suas vivências familiares, periféricas e engajadas na luta por uma sociedade mais justa e inclusiva.

Tem muita arte para você curtir sem sair de casa!