Ficções sobre a origem do mundo inspiram mostra na Estação Pina

Obras experimentais de Antonio Dias, Carmela Gross, Lothar Baumgarten, Solange Pessoa e Tunga estão expostas no 4º andar do museu

Até 11 de fevereiro de 2019

Segunda - Quarta - Quinta - Sexta - Sábado - Domingo

De quarta a segunda, das 10h às 17h30 – com permanência até as 18h

Grátis

O que os artistas Antonio Dias, Carmela Gross, Lothar Baumgarten, Solange Pessoa e Tunga têm em comum? Parte das suas obras retratam ficções sobre a origem do mundo – e são exatamente elas que compões a exposição “Invenção de Origem”, em cartaz na Estação Pina entre 10 de novembro e 11 de fevereiro de 2019.

Obra de Solange Pessoa na Estação Pina
Créditos: Divulgação - Estação Pina
Obra de Solange Pessoa na Estação Pina

Partindo do filme “The Origin of the Night: Amazon Cosmos” (A origem da noite: o cosmos amazônico), o curador José Augusto Ribeiro reuniu cerca de 40 trabalhos que aludem a tempos e ações primordiais que teriam c0ntribuído para as narrativas sobre a origem da vida.

Há vídeos, pinturas e esculturas criados desde a década de 1970 até os dias de hoje. O público encontra, principalmente, experimentações de linguagem e de materiais que se convertem, ao mesmo tempo, em imagens e objetos com aspectos imemoriais.

Algumas das obras de Carmela Gross são “Facas” e “300 larvas”, ambas de 1994. Estão reunidas na Estação Pina 500 das cerca de 1000 peças (formas elementares de facas) que compõem o primeiro.

De Antonio Dias foram selecionados trabalhos produzidos de 1977 a meados da década de 1990. É nesse período que o artista viaja ao Nepal e aprende a manufatura de papeis artesanais com artesãos locais, desenvolvendo técnicas de tingimento das folhas com elementos naturais (terra, cinzas, vegetais etc.)

Há também um conjunto de peças de Tunga feitas entre a deada de 1980 e meados de 2010, como “Tacape”, “Escalpo” e “Tranças”. Ainda há obras pouco conhecidas do público, como “Sem título (Sedativa)”, de 1984.

Por fim, há um trabalho ainda em processo da artista mineira Solange Pessoa. A instalação, concebida entre 2004 e 2018, compõe-se de uma grande escultura, de cerca de 10 metros de comprimento, feita de penas de aves e tecido, pendente do teto em forma cônica, lembrando o tronco de uma árvore.