IMS Rio celebra aniversário de Carolina de Jesus com evento especial

Tem debate gratuito com a escritora Conceição Evaristo e a professora Vera Eunice de Jesus, filha de Carolina

Carolina de Jesus é uma das mais importantes escritoras negras brasileiras. Lembrada pelo impactante “Quarto de Despejo: Diário de uma Favelada”, lançado em 1960, ela completaria 106 anos em 2020.

Para comemorar a data, o IMS Rio organizou um debate gratuito envolvendo a autora Conceição Evaristo e a professora Vera Eunice de Jesus, filha da Carolina.

Carolina de Jesus é homenageada no IMS
Créditos: Arquivo Nacional
Carolina de Jesus é homenageada no IMS

Ao longo da conversa, o público vai perceber os pontos em comum entre as obras e trajetórias de Carolina de Jesus e Conceição Evaristo. Esta última conta que se sentiu como alguns dos personagens da favela Canindé ao ler “Quarto de Despejo”.

Durante o I Colóquio de Escritoras Mineiras (UFMG), Conceição contou que sua mãe escreveu um diário inspirado na obra de Carolina de Jesus. E que ela tem como provar, em uma pesquisa futura, que a escritora do Canindé criou uma tradição literária.

Clarice Lispector prestigia lançamento de livro de Carolina de Jesus
Créditos: Acervo/ Instituto Moreira Salles
Clarice Lispector prestigia lançamento de livro de Carolina de Jesus

O bate-papo acontece no dia 14, às 18h, e é mediado pelos pesquisadores Raquel Barreto, doutoranda em História pela UFF e especialista nas autoras Angela Davis e Lélia Gonzalez, e Hélio Menezes, doutorando em Antropologia Social pela USP e curador de Arte Contemporânea no Centro Cultural São Paulo. Juntos, eles são os curadores da exposição sobre Carolina de Jesus que será inaugurada em agosto na sede do IMS de São Paulo.

Carolina de Jesus nasceu em Sacramento (MG), em 14 de março de 1914. Ela estudou no Colégio Allan Kardec, do Grupo Espírita Esperança e Caridade, em sua cidade natal. Depois de peregrinar com a mãe em busca de trabalho por diversos municípios do interior paulista, Carolina chegou à capital do estado em 1947 e se instalou na favela do Canindé, de onde saía diariamente para trabalhar como catadora de papel.

Por sua importância para a literatura, seu acervo está sob a guarda do IMS desde 2006. Entre os itens destaca-se dois cadernos manuscritos: um intitulado Um Brasil para os brasileiros: contos e poemas, e outra coletânea do mesmo gênero, sem título.

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