SUSPENSA: Mostra no CCBB explora a arte concreta de Ivan Serpa

Considerando o cenário de combate ao COVID-19, o CCBB estará fechado ao público por tempo indeterminado. Leia o comunicado oficial:

“Para o Centro Cultural Banco do Brasil não há nada mais valioso que a saúde e a segurança das pessoas. Por isso as atividades serão suspensas, a partir de 14 de março de 2020, a fim de mitigar o risco de propagação do Coronavírus (Covid-19).

INGRESSOS: Para aqueles que compraram no site Eventim, a devolução pode ser feita pelo SAC da empresa. Para aqueles que compraram na bilheteria, o #CCBBRJ solicita que aguardem o funcionamento normal.

Em caso de dúvidas, entre em contato pelo e-mail: ccbbrio@bb.com.br
Acompanhe as redes redes sociais do CCBB para novas informações.
Até breve!”

O CCBB, um dos museus mais queridinhos do Rio de Janeiro, está com uma exposição irada. Você tem a chance de conhecer a obra de Ivan Serpa, artista brasileiro considerado expoente da arte concreta, mas que também produziu trabalhos não rotulados em uma única corrente.

Fase Anóbios, de 1961
Créditos: Coleção Luiz Guilherme Schymura
Fase Anóbios, de 1961

Para quem não sabe, a base da arte concreta são círculos, quadrados, retângulos e outras formas geométricas. Foi um movimento artístico que rompeu com o simbolismo. E isso pode ser visto na mostra “Ivan Serpa – A Expressão do Concreto”.

O público entra em contato com um panorama completo sobre a vida e a obra do artista carioca. Estão expostos mais de 200 trabalhos, de diversas fases de Ivan. A exposição traz à tona as diferentes linguagens utilizadas por ele em obras de coleções particulares, de museus e de sua própria família.

Faixas em ritmo resultante, obra de 1956
Créditos: Coleção Luiz Alberto Danielian
Faixas em ritmo resultante, obra de 1956

A curadoria é de Marcus de Lontra Costa e Hélio Márcio Dias Ferreira. Pintor, gravador, desenhista, professor, Serpa sempre se manteve fiel as suas ideias artísticas, não se prendeu a apenas uma corrente e mantinha sua liberdade de criação.

Por isso, os curadores selecionaram obras  que exploram diferentes técnicas e tendências, como concretismo, colagem sob pressão e calor, mulher e bicho, anóbios (abstração informal), negra (crepuscular), op – erótica, anti-letra, amazônica, mangueira e geomântica.

Obra Cabeça, de 1964
Créditos: Coleção Família Serpa/ Foto Jaime Acioli
Obra Cabeça, de 1964

Ivan Serpa foi responsável pela criação e liderança do Grupo Frente, composto por artistas como Lygia Clark, Lygia Pape, Franz Weissmann, Abrahan Palatinik, Hélio Oiticica e Aluísio Carvão. Além disso, o artista deu aulas para crianças e adultos no MAM Rio: seu projeto era difundir e motivar as novas gerações para a arte.

Embora tenha morrido precocemente (1923 – 1973), o artista deixou um importante legado, tornando-se referência para novos caminhos na arte visual nacional.

Obra sem título, da série geomântica, feita em 1972
Créditos: Coleção Família Serpa/ Foto Jaime Acioli
Obra sem título, da série geomântica, feita em 1972

O Programa CCBB Educativo oferece visitas mediadas à exposição. Os tours são voltadas ao público espontâneo, sem necessidade de agendamento prévio. Basta conferir os horários disponíveis. Elas acontecem às 12h e às 18h, de quarta a segunda, entre os dias 4 e 10 de março. A partir de 11 de março, de segunda, quinta e sábado às 12h, e de quarta, sexta e domingo às 18h. E, têm mais, visitas mediadas em Libras ocorrem todos os sábados às 12h.

A mostra “Ivan Serpa – A Expressão do Concreto” permanece no Rio de Janeiro até 12 de maio, ocupando o 1º andar e a rotunda do CCBB e seguindo para os Centros Culturais do Banco do Brasil de São Paulo, Brasília e Belo Horizonte. O CCBB RJ fica na Rua Primeiro de Março, 66. Aberto de quarta-feira a segunda-feira, das 9h às 21h.

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