Mostra ‘Brasilidade Pós-Modernismo’ no CCBB RJ celebra Semana de 22

Exposição reúne obras inéditas e trabalhos de 51 artistas brasileiros. Saiba como conferir:

Até 02 de novembro de 2021

Segunda - Quarta - Quinta - Sexta - Sábado - Domingo

Aos domingos, segundas e quartas, das 9h às 19h, às quintas, sextas e sábados, das 9h às 20h

O centenário da lendária Semana de Arte Moderna é só ano que vem, mas diversas instituições culturais do país deram a largada para as comemorações. O Centro Cultural Banco do Brasil Rio de Janeiro recebe a exposição “Brasilidade Pós-Modernismo” a partir do dia 1º de setembro.

Obra “A Visita dos Ancestrais” (2021) de Jaider Esbell, é um convite abstrato
Créditos: Coleção do artista/ Divulgação/ Assessoria de Imprensa a4&Holofote comunicação
Obra “A Visita dos Ancestrais” (2021) de Jaider Esbell, é um convite abstrato

A mostra faz uma reflexão sobre as conquistas e marcos que a Semana de 22 trouxe às artes visuais brasileiras contemporâneas, que ocorreram graças às ousadias artísticas e culturais propostas pelo Modernismo. A entrada é gratuita, mas é obrigatório reservar ingressos pela internet por meio deste site.


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Com curadoria de Tereza de Arruda, a exposição “Brasilidade Pós-Modernismo” reúne obras inéditas e trabalhos emblemáticos de 51 artistas de diversas gerações, como Adriana Varejão, Anna Bella Geiger, Arnaldo Antunes, Cildo Meireles, Daniel Lie, Ernesto Neto, Ge Viana, Jaider Esbell, Rosana Paulino e Tunga, entre outros.

“Brasilidade Pós-Modernismo” está organizada em seis núcleos: Liberdade, Futuro, Identidade, Natureza, Estética e Poesia. A exposição apresenta pinturas, fotografias, desenhos, esculturas, instalações e novas mídias.

“Voluta e Cercadura” é uma obra de Adriana Varejão presente na mostra
Créditos: Jaime Acioli/ Coleção da artista/ Divulgação/ Assessoria de Imprensa a4&Holofote comunicação
“Voluta e Cercadura” é uma obra de Adriana Varejão presente na mostra

Em 1922, os modernistas buscavam a ruptura dos padrões eurocentristas na cultura brasileira. Hoje, os contemporâneos buscam a revisão da história como ponto de partida para um diálogo horizontal, enfatizando a diversidade, a visibilidade e a inclusão.

A temática da Liberdade reflete sobre os questionamentos remanescentes do colonialismo brasileiro (1530 a 1822), suas consequências e legado histórico. Os trabalhos de Adriana Varejão, Anna Bella Geiger, José Rufino, Rosana Paulino, Farnese de Andrade, Tunga, Ge Viana e José De Quadros selecionados para a mostra refletem exatamente isso.

O grupo da vanguarda modernista buscava o novo, o inovador, desconhecido, de ordem construtiva e não destrutiva. Um exemplo de futuro construtor é Brasília: a capital foi concebida com uma ideia utópica e é considerada um dos maiores êxitos do Modernismo do Brasil.

Tendo Brasília como exemplo de utopia futurista, este núcleo Futuro reúne esboços e desenhos dos arquitetos Lina Bo Bardi, Lúcio Costa e Oscar Niemeyer, obra da artista Márcia Xavier, e registros captados pelo fotógrafo Joaquim Paiva e o cineasta Jorge Bodanzky.

“Copa do Mundo, o Futebol” é uma obra de Glauco Rodrigues de 1974
Créditos: Coleção Conrado e Ronie Mesquita/ Divulgação/ Assessoria de Imprensa a4&Holofote comunicação
“Copa do Mundo, o Futebol” é uma obra de Glauco Rodrigues de 1974

As características e diferenças culturais e sociais do Brasil fazem com que a população brasileira não tenha uma única identidade. As obras de Alex Flemming, Berna Reale, Camila Soato, Fábio Baroli, Flávio Cerqueira, Glauco Rodrigues e Maxwell Alexandre no núcleo Identidade discutem essa questão.

Já o categoria Natureza apresenta o Brasil da pluralidade de biomas. A relação do ser humano com a natureza e a sustentabilidade estão presentes nas obras dos artistas Armarinhos Teixeira, Caetano Dias, Gisele Camargo, Luzia Simons, Marlene Almeida, Paulo Nazareth, Rosilene Luduvico e Rodrigo Braga.

A estética da arte brasileira foi um dos temas levantados pelos modernistas, principalmente após a criação do “Manifesto Antropófago”, publicado por Oswald de Andrade na Revista de Antropofagia de São Paulo, em 1928.

Segundo a curadora, Tereza de Arruda, a ideia proposta por Oswald era produzir uma estética artística brasileira a partir do que foi aprendido com os europeus. O núcleo Estética reúne trabalhos de Beatriz Milhazes, Cildo Meireles, Emmanuel Nassar, Mira Schendel e Nelson Leirner.

As obras de Nelson Leirner são inquietas como os trabalhos de Marcel Duchamp
Créditos: Acervo Sérgio Carvalho/ Divulgação/ a4&Holofote comunicação
As obras de Nelson Leirner são inquietas como os trabalhos de Marcel Duchamp

A Semana de Arte Moderna e o movimento modernista acreditavam que o português brasileiro haveria de ser cultuado e propagado como idioma nacional. A consequência disso são as poesias concretas, as poesias visuais e o apoderamento da arte escrita.

A escrita passa a ser um elemento visual, com abstração sonora. Os artistas André Azevedo, Arnaldo Antunes, Augusto de Campos, Floriano Romano, Júlio Plaza, Lenora de Barros, Rejane Cantoni e Shirley Paes Leme representam esse legado.

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