Mostra no IMS Paulista enaltece as pessoas pretas e LGBTQIA+

"Bixaria Negra - O cinema de Marlon Riggs" apresenta, pela primeira vez, a cinematografia completa desse diretor no Brasil

Até 29 de junho de 2022

Quarta - Quinta - Sexta - Sábado - Domingo

Diversos horários | Os ingressos são vendidos na bilheteria para as sessões do dia

Site: ims.com.br

Telefone: (11) 2842-9120

Você conhece o cineasta norte-americano Marlon Riggs (1957-1994)? Ativista e professor universitário, durante as décadas de 80 e 90 ele roteirizou e dirigiu filmes que enaltecem as pessoas pretas e LGBTQIA+. E, graças ao IMS Paulista, pela primeira vez a sua cinematografia completa será exibida no Brasil.

Entre os dias 22 e 29 de junho, o público tem a chance de assistir tanto aos oito filmes de Riggs, entre curtas, médias e longas-metragens, quanto a um documentário sobre sua vida e obra, além de nove curtas brasileiros contemporâneos feitos por jovens cineastas negros e nrgras LGBTQIA+.

Marlon Riggs desafiou os conceitos de raça, masculinidade e sexualidade ao longo da carreira
Créditos: Divulgação/ California Newsreel/ IMS Assessoria de Imprensa
Marlon Riggs desafiou os conceitos de raça, masculinidade e sexualidade ao longo da carreira

Os ingressos são vendidos diretamente na bilheteria do IMS Paulista, sempre para as sessões do dia. O valor é R$10 (inteira) e R$5 (meia-entrada). Veja a programação completa aqui.

  • O que esperar da mostra Bixaria Negra – O cinema de Marlon Riggs?

Em sua trajetória, Riggs discutiu raça e sexualidade em produções bastante experimentais. Seus trabalhos foram exibidos em festivais, mostras e na TV pública, ganhando alguns prêmios. Sua carreira, no entanto, foi precocemente interrompida em 1994, por conta do HIV/aids.

Um dos destaques do evento é “Línguas desatadas” (1989), filme mais conhecido do diretor. O mestre parte da sua própria experiência para, nas palavras dele mesmo, “desfazer o legado de silêncio sobre a vida de homens negros gays”. Trata-se de um documentário que apresenta vários artistas e linguagens, como performance, vogue, poesia e rap.

O primeiro longa de Marlon também pode ser conferido. “Do estereótipo negro” (1987) investiga as origens das imagens racistas presentes na cultura popular dos EUA. Para isso, ele analisa programas de entretenimento exibidos em horário nobre da TV, problematizando os mitos e estereótipos presentes neles.

Outra produção importante é “Preto é… preto não é” (1995). A partir da receita de gumbo, um tradicional prato da culinária do sul dos EUA feito por sua avó, o cineasta amplia e enriquece o debate sobre as diversas experiências de negritude nos planos individual e coletivo. O título ainda conta com entrevistas de intelectuais como Angela Davis, bell hooks e Cornel West, e performances do coreógrafo Bill T. Jones e do poeta Essex Hemphill.

Olha esse registro do Marlon Riggs e do Essex Hemphill no filme “Línguas desatadas”
Créditos: Ron Simmons - divulgação/ IMS Assessoria de Imprensa
Olha esse registro do Marlon Riggs e do Essex Hemphill no filme “Línguas desatadas”

Durante os oito dias de evento, os espectadores poderão notar como a filmografia de Marlon Riggs é potente ao celebrar as pessoas pretas e LGBTQIA, dialogando fortemente com os dias de hoje.

Suas pesquisas seguem reverberando e contribuíram para abrir espaço para outras pessoas desenvolverem estratégias de resistência e emancipação. Questionador, o pensador desafiou os conceitos de raça, masculinidade e sexualidade.

A curadoria de “Bixaria Negra – O cinema de Marlon Riggs” é assinada por Bruno F. Duarte. Lembre-se se acompanhar toda a programação aqui, pois também estão previstos debates.


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