Mostra no CCBB explora relação das redes com a cultura brasileira

Nem só de descanso se faz uma rede e a exposição 'Vaivém' mostra a força cultural do objeto com 300 obras do século 16 até hoje

Até 29 de julho de 2019

Segunda - Quarta - Quinta - Sexta - Sábado - Domingo

Das 9h às 21h

Grátis

Já parou para pensar que aquela rede de descanso que você adora deitar quando tá de férias na praia tem muito mais a dizer do que realmente parece? Não? Pois o CCBB SP apresenta a mostra “Vaivém” que pretende investigar as relações entre as redes de dormir e a construção da identidade nacional no Brasil.

Criadas por diferentes povos originários ameríndios, a rede passou a ser associada de maneira direta com o território brasileiro e a noção de brasilidade, e a exposição reúne cerca de 300 obras de coleções públicas e privadas, algumas especialmente criadas para o projeto, que refletem sobre as permanências, rupturas e resistências na representação e nos usos das redes de dormir na arte e na cultura visual brasileiras. Entre os artistas que expõe suas obras relacionadas ao objeto, datado em imagens desde o século XVI, 32 são indígenas, como Arissana Pataxó e Jaider Esbell.

A exposição ocupa cinco andares do centro cultural e busca desconstruir o lugar que as redes ocupam no senso comum, associado à preguiça, à vadiagem e à tropicalidade. A exemplo disso estão a instalação “Cântico Guarani”, de Armando Queiroz, em que redes negras recolhidas pendem do teto do cofre do CCBB, e a obra “Berço com Crânios”, de Tunga, que pensa a rede como símbolo da morte.

Fotografia de Tunga “100 rede”
Créditos: Wilton Montenegro
Fotografia de Tunga “100 rede”

Para conferir de pertinho – e até deitar em algumas instalações abertas a experimentação público, basta comparecer ao Centro Cultural Banco do Brasil até 29 de julho. A mostra fica em cartaz de quarta a segunda, das 9h às 21h, e tem entrada gratuita.