Mostra de cinema celebra os 60 anos do Parque Indígena do Xingu

São 31 filmões produzidos por grandes cineastas entre 1932 e 2021 para você curtir online e de graça! Dá uma olhada:

Por: Redação

Até 12 de dezembro de 2021

Todos os dias

24h

Recursos de acessibilidade para pessoas com deficiência não informados pelo próprio organizador do evento

O Parque Estadual do Xingu tem um papel fundamental para garantir a sobrevivência e preservar as terras de vários povos indígenas do Mato Grosso. E, para comemorar os 60 anos dessa importante reserva, a tradicional Mostra Ecofalante de Cinema preparou a seleção de filmes “Xingu 60 Anos”, com obras produzidas por grandes cineastas entre os anos de 1932 e 2021.

A mostra online pode ser conferida neste site aqui entre os dias 1º e 12 de dezembro. Ao todo são 31 títulos, entre curtas, médias e longas-metragens, todos disponibilizados de forma gratuita! Ou seja, não dá para perder!

“Topawa” reúne depoimentos de mulheres da terra indígena Apyterewa
Créditos: divulgação - Atti Comunicação
“Topawa” reúne depoimentos de mulheres da terra indígena Apyterewa

Criado em 1961, o Parque Estadual do Xingu foi idealizado pelos famosos sertanistas irmãos Villas-Bôas, que tiveram um importante trabalho de preservação da cultura, dos costumes e da terra dos povos indígenas.

A reserva, que tem esse nome por conta do rio que passa pelas terras, abriga 16 etnias indígenas. São elas: Aweti, Ikpeng, Kaiabi, Kalapalo, Kamaiurá, Kĩsêdjê, Kuikuro, Matipu, Mehinako, Nahukuá, Naruvotu, Wauja, Tapayuna, Trumai, Yudja, Yawalapiti.

Ao que assistir na mostra?

De volta à mostra “Xingu 60 Anos”, a programação reúne filmes feitos por cineastas consagrados como Aurélio Michiles, Mari Corrêa, Maureen Bisilliat, Paula Gaitán e Vincent Carelli, além de trabalhos de realizadores indígenas como Takumã Kuikuro e Kamikia Kisêdjê.

Filmado em plena ditadura militar, “Raoni” é um dos destaques da mostra “Xingu 60 Anos”
Créditos: divulgação - Atti Comunicação
Filmado em plena ditadura militar, “Raoni” é um dos destaques da mostra “Xingu 60 Anos”

Entre os destaques está “Raoni” (1978), do cineasta belga Jean-Pierre Dutilleux, que concorreu ao Oscar de melhor documentário naquele ano. Filmado de forma clandestina em plena ditadura militar, o filme retrata a luta do cacique Raoni pela preservação da reseva indígena.

Já a consagrada fotógrafa Maureen Bisilliat, conhecida pelo belo trabalho de retratar vários grupos indígenas em parceria com os irmãos Villa-Bôas, dirigiu “Xingu/Terra” (1981). O título mostra o cotidiano de uma aldeia do povo Mehinaku, com destaque para aspectos como a pesca, a plantação, a confecção de cerâmica, a preparação da tinta de urucum, o relacionamento entre pais e filhos e o cerimonial de casamento.

“Kukuho – Canto Vivo Wauja” trata de um líder da comunidade Waujá do Xingu, que tenta preservar seus costumes
Créditos: divulgação - Atti Comunicação
“Kukuho – Canto Vivo Wauja” trata de um líder da comunidade Waujá do Xingu, que tenta preservar seus costumes

Outra atração é o documentário “Topawa” (2019), de Kamikia Kisêdjê e Simone Giovine, que reúne depoimentos de mulheres da terra indígena Apyterewa sobre os primeiros contatos com os homens brancos. Elas conversam com a equipe enquanto confeccionam redes e cestas a partir da palmeira de tucum.

E o cineasta Takumã Kuikuro apresenta os filmes “Kukuho – Canto Vivo Wauja” (2021), sobre um músico, contador de histórias e líder da comunidade Waujá do Xingu que tenta preservar e compartilhar a música tradicional do seu povo; e “Território Pequi” (2021), que revela como o pequi se tornou símbolo de vasto patrimônio cultural e genético.

A mostra “Xingu 60 Anos” ainda tem muitos outros documentários e uma série de bate-papos sobre cinema e essa importante reserva indígena. Para conferir a programação completa, basta ficar ligado(a) aqui.

Dá uma olhada nestas outras dicas perfeitas: