Mulheres na arte: MASP enaltece protagonismo feminino em 2019

Ao longo de 2019 estão previstas exposições de artistas como Djanira da Motta e Silva, Tarsila do Amaral, Lina Bo Bardi, Gego e Leonor Antunes

Por: Redação

Terça - Quarta - Quinta - Sexta - Sábado - Domingo

De quarta a domingo, das 10h às 18h (bilheteria aberta até as 17h30); às terças, das 10h às 20h (bilheteria até 19h30)

Recursos de acessibilidade para pessoas com deficiência não informados pelo próprio organizador do evento

R$35 (inteira) e R$17 (meia-entrada)

Grátis todas às terças

“As mulheres precisam estar nuas para entrar no Museu de Arte de São Paulo?” Essa foi a provocação utilizada pelo coletivo feminista Guerrilla Girls quando fez a exposição “Guerrilla Girls: gráfica, 1985-2017”, que ficou em cartaz de setembro de 2017 a fevereiro de 2018 no museu. Na ocasião, o grupo detectou que apenas 6% das obras do acervo eram produzidas por artistas mulheres, enquanto 60% dos trabalhos da instituição continham nus femininos.

Lina Bo Bardi ganha exposição no MASP em 2019
Créditos: Acervo MASP, doação Instituto Lina Bo e P. M. Bardi
Lina Bo Bardi ganha exposição no MASP em 2019

A boa notícia é que o ano de 2019 está chegando para mudar estes números. Com o tema “Histórias das mulheres, histórias feministas”, o MASP quer celebrar os trabalhos de artistas que, de modo deliberado ou não, foram ignoradas ao longo dos séculos. Ou seja, vem muita coisa boa por aí!

Visitantes do MASP podem se preparar para as exposições monográficas de Djanira da Motta e Silva, Tarsila do Amaral, Lina Bo Bardi, Gego, Leonor Antunes e Anna Bella Geiger – além da mostra coletiva “Histórias das mulheres, histórias feministas”, com importantes nomes do Brasil e do exterior.

Imperdíveis

Tudo começa em março de 2019, com a exposição “Djanira: a memória de seu povo”. Até o mês de maio, o 2º subsolo do museu é ocupado com obras de Djanira da Motta e Silva (1914-1979), artista relacionada à segunda fase do Modernismo. Seus 40 anos de carreira foram dedicados à pintura a óleo e à têmpera, bem como à azulejaria e à gravura. No inicio, sua obra foi considerada primitiva, mas foi seu autodidatismo que a permitiu criar uma combinação única entre temática social e síntese formal.

Entre abril e julho estão previstas duas exposições. Uma delas é “Tarsila Popular”, que ocupa o 1º andar do museu. O público pode conferir cerca de 120 obras de Tarsila do Amaral com uma nova roupagem. Sem ignorar os aspectos modernistas de seus trabalhos, o projeto enfatiza seus personagens, temas e narrativas, especialmente em relação a questões sociais, políticas, raciais e de classe, bem como chamar atenção para as aproximações com a arte popular e vernacular.

A outra é “Lina Bo Bardi: Habitat”, que ocupa o 1º subsolo do MASP. A ideia é explorar o trabalho da arquiteta em três eixos: O habitat de Lina, Repensando o Museu e Da Casa de Vidro à Cabana. Os temas principais da exposição são os projetos fundamentais da carreira de Lina, bem como de momentos decisivos de sua trajetória pessoal, como a chegada do casal Bardi ao Brasil, o MASP e sua radical pinacoteca com cavaletes de vidro, a Casa de Vidro, a revista Habitat, sua experiência em Salvador, na Bahia, a exposição “A mão do povo brasileiro”, os projetos de edifício e cenário para teatro, o SESC Pompeia e uma ampla seleção de mobiliário.

A maior exposição de 2019 acontece de agosto a novembro. “Histórias das Mulheres, Histórias Feministas” inclui obras de diversos territórios, estilos e gêneros pictóricos, do século 16 ao final do século 19. No núcleo História das Mulheres, espere encontrar retratos, naturezas-mortas e paisagens, além de cenas históricas e religiosas. Já em Histórias Feministas estão artistas de diferentes nacionalidades que trabalham no século 21 em torno das ideias de feminismo ou em resposta a elas.

Entre novembro de 2019 e março de 2020, o 2º subsolo do MASP recebe a exposição da artista plástica, escultora, pintora, gravadora, desenhista, artista intermídia e professora carioca Anna Bella Geiger. Entre dezembro e março, obras de Leonor Antunes ocupam o 1º subsolo do museu. Por fim, Gego (1914-1944), uma das artistas mais importantes do pós-guerra, tem seus trabalhos de arquitetura, design, escultura, desenho, impressão, tecido e instalações expostos no 1º andar da instituição.

Acompanhe a programação completa no site do MASP.