Musical inspirado em Ariano Suassuna reestreia no centro

“Suassuna - O Auto do Reino do Sol” tem canções inéditas de Chico César e faz curta temporada no Teatro Porto Seguro

Até 23 de setembro de 2018

Domingo - Sexta - Sábado

De sextas e sábados, às 21h, e aos domingos, às 19h

Site: funarte.gov.br

Telefone: (21) 2265-9933

Os 90 anos de nascimento de Ariano Suassuna (1927 – 2014) serão comemorados em grande estilo no Teatro Porto Seguro. Entre os dias 17 de agosto e 23 de setembro, as sextas e sábados, às 21h, e aos domingos, às 19h, a Cia. Barca dos Corações Partidos apresenta o musical “Suassuna – O Auto do Reino do Sol”. Os ingressos custam até R$ 80 e podem ser comprados pela internet.

O espetáculo foi idealizado pela produtora Andrea Alves, da Sarau Agência, e tem em sua essência diversas características do autor paraibano, como a valorização da cultura nacional e a mistura de arte popular com o universo erudito. A criação foi um processo coletivo que envolveu a Cia. Barca dos Corações Partidos e três ilustres conterrâneos de Suassuna: Chico César, Beto Lemos e Alfredo Del Penho. O texto é de Braulio Tavares e a encenação de luz é de Luiz Carlos Vasconcelos.

O grupo não queria desenvolver uma obra biográfica e nem remontar os seus textos. A ideia era resgatar Ariano de outras formas, por isso, a história acontece durante uma noite de apresentação de uma trupe de circo-teatro. Para eles, este é o cenário perfeito para aparecerem alguns dos icônicos personagens do escritor, como João Grilo e Chicó, de “O Auto da Compadecida”.

A produção do texto e das canções do musical aconteceu durante os ensaios, que começaram em 2017, quando o elenco fez diversas oficinas circenses e excursionou pelo Nordeste brasileiro no que foi chamado de Circuito Ariano Suassuna. Guiados por Dantas Suassuna, filho do homenageado, a trupe esteve em Casa Forte (Recife), conheceu a famosa Pedra do Ingá e visitou a fazenda de Taperoá (Paraíba).

Os textos poéticos e as letras das músicas exploram as formas tradicionais de poesia popular cultivadas por Ariano, como a sextilha, a décima, o martelo e o galope. Chico César, Beto Lemos e Alfredo Del Penho, mostravam as melodias e algumas letras surgiam de improviso, enquanto outras cabiam exatamente em alguns trechos do texto.

A Cia. Barca dos Corações Partidos se formou durante  a criação de “Gonzagão – A Lenda” (2012), celebração de outro ícone nordestino, e logo em seguida reviveu um clássico de Chico Buarque (“Ópera do Malandro”, 2014), ambos com direção de João Falcão. Atualmente, a trupe tem quatro espetáculos no repertório, 45 prêmios  e um público de 478 mil espectadores.