Exposição “Caminho pelos Orixás” no Espaço Dafne

A abertura da exposição “Caminho pelos Orixás”, da artista plástica Rosalina Fernandes, será no dia 20 de junho (sábado), às 20h, no Espaço Dafne. A exposição fica aberta para visitantes do dia 21 até o dia 29 de junho, das 15h às 19h. Para saber mais da obra da artista segue o endereço: http://www.flickr.com/photos/rosalinafernandes/

A exposição conta com 2 quadros de 120 cm x 70cm, 12 de 150cm x 90cm e 2 painéis: um de quase 5 metros e outro de aproximadamente 3 metros, todos acrílico sobre tela, produzidos em um pouco mais de dois meses.

Rosalina leva para sua obra referências próprias: corpos definidos e fortes, característica da sua formação acadêmica como educadora física. “Fui atleta e carrego a preocupação de ter e manter o corpo saudável. Passo isso para os meus alunos e agora, através da minha arte. A plástica dos corpos é muito importante para mim. Aproveitei que os Orixás carregam as características de guerreiros e caçadores e os concebi fortes e vigorosos”, afirma a artista.  Essa característica também aparece na primeira fase, mais acadêmica, nos quadros em que ela retrata os atletas em ação.

Outra marca bastante forte na pintura de Rosalina são os rostos andróginos que ela escolheu para caracterizar seus Orixás. “Tanto os masculinos quanto os femininos estão com os rostos muito parecidos. Apenas os semblantes, muito sutilmente, transmitem impressões levemente diferenciadas”, explica o professor Paolo. A androgenia é comum nas obras religiosas da tradição judaico-cristã – os anjos são um bom exemplo dessa mescla entre o feminino e o masculino.

Sobre a autora

Rosalina teve suas primeiras aulas de arte em Itararé (interior de São Paulo) com uma freira. Nos últimos dois anos, a artista é presença assídua do atelier Casa e Jardim, localizado no Campo Belo, do artista Paolo Quaglio.

No final de 2008, um pai-de-santo encomendou uma série de telas dos orixás africanos para decorar seu novo espaço. Sem nenhuma intimidade com o tema, Rosalina pesquisou referências e compôs seu desenho. Durante a produção desses Orixás, a artista sentiu que as pinceladas fluíam, que a combinação de cores acontecia naturalmente, e os traços, até então considerados acadêmicos, ganhavam movimento e personalidade. Em pouco tempo, toda obra estava pronta.

A partir daí, novas encomendas começaram a surgir, e a artista decidiu fazer uma exposição com os orixás africanos. Assim, o “Caminho pelos Orixás” é mais do que uma exposição de arte. É o seu florescer como artista.

Por Redação