Peça luso-brasileira leva drama metafísico à SP Escola de Teatro

“A Decadência dos Seres não Abstratos” cumpre temporada até 17 de fevereiro, com sessões de sexta a segunda-feira, na Roosevelt

Até 17 de janeiro de 2020

Segunda - Sexta - Sábado - Domingo

Sex., às 21h; sáb. e dom., às 19h; seg., às 21h.

Recursos de acessibilidade para pessoas com deficiência não informados pelo próprio organizador do evento

R$ 30 e R$ 15 (meia-entrada)

Produção luso-brasileira, fruto da parceria entre a SP Escola de Teatro e a Escola Superior Artística do Porto, de Portugal, a peça “A Decadência dos Seres não Abstratos” cumpre temporada

Montagem foi criada por artistas brasileiros e portugueses. Fotos: Divulgação
Montagem foi criada por artistas brasileiros e portugueses. Fotos: Divulgação

até 17 de fevereiro na SP Escola de Teatro. A montagem é apresentada na sala Alberto Guzik, na unidade Roosevelt, com sessões de sexta a segunda, e ingressos a R$ 30 e R$ 15 (meia).

O espetáculo é construído em dois territórios paralelos, o transcendental e o empírico. No primeiro, vemos um diálogo entre Matemática, Arte e Filosofia, que questionam sobre sua origem e autonomia como entidades etéreas, num momento em que estão em conflito com os Humanos. No segundo, uma artista visual sentada, há 11 anos, em frente a uma tela em branco, abalada por tormentos internos e sua família disfuncional. Personificados em criaturas siamesas, Espaço e Tempo surgem para perturbar o sistema natural.

O espetáculo tem sua concepção no início de 2019, após a diretora portuguesa Luisa Pinto escolher encenar o texto no Festival Internacional de Teatro de Expressão Ibérica (FITEI), no Porto. Com um elenco de 20 atores, formado por estudantes da Escola Superior Artística do Porto, a montagem teve estreia em maio de 2019 em Portugal.

“São duas narrativas, duas perspectivas diferentes sobre o mesmo tema, que se apresentam em dois planos, como se de um filme se tratasse. Duas realidades distintas que acabam por se intersectar. Cada uma das relações é, simultaneamente, de interdependência e rivalidade, de influência mútua e de competição, de desamor, de vida e de morte. Esta proposta joga-se na hibridez entre o palco e a tela, transpondo barreiras entre o real e o imaginário. Duas realidades distintas que acabam por se intersectar”, de acordo com a encenadora portuguesa.

Márcio Aquiles ressalta a importância de textos alegóricos também ganharem a cena nesse momento histórico. “Não há dúvidas, ainda mais neste contexto nefasto, da importância de peças políticas, panfletárias ou em defesa explícita de assuntos identitários. Contudo, o teatro abstrato jamais deixou de ter a sua relevância no mundo, devido a sua capacidade de elevar o pensamento a outros níveis de significação. A ficção pura e simples, seja dramática, literária ou cinematográfica, jamais perderá a sua relevância social, uma vez que cidadãos também precisam de espaço para hedonismo e devaneio, que também não deixam de ter, e muita, reverberação no campo político.”

Em parceria com SP Escola de Teatro

A SP Escola de Teatro é um equipamento da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo e tem por atribuições a formação profissional na arte teatral.

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