Nei Lopes e Guga Stroeter fazem releitura de clássicos do samba-pagode

O sambista, ensaísta e escritor carioca Nei Lopes está completando 70 anos. Referência no universo musical, Nei é considerado um dos maiores conhecedores da tradição cultural africana no Brasil.

Como parte dessa comemoração, Nei surpreende a todos com um projeto inédito: juntou-se ao músico e produtor paulistano Guga Stroeter, à jovem big band de jazz Projeto Coisa Fina e aos percussionistas do Quinteto Branco e Preto para revisitar, de maneira sofisticada, um repertório clássico de sambas-pagode.

O álbum chamado “Samba a Rigor” é composto por 12 canções, que já foram gravadas em estúdio, e deve ser lançando no primeiro semestre de 2014.

Guga Stroeter e o Nei Lopes fazem releitura de clássicos do samba-pagode

Com esse trabalho, Nei Lopes chama atenção para a qualidade melódica e poética desse gênero popular também conhecido como samba de raiz.

Com os arranjos de Dino Barioni, os sambas ganharam a instrumentação poderosa e exuberante de trompetes, trombones, saxofones, flautas, clarinetes, vibrafone, atualizando para o século 21, os temperos do jazz brasileiro que se fez presente nas gafieiras das décadas de 1940 e 1950.

A orquestra convidada é o Projeto Coisa Fina, formada por jovens virtuoses do cenário paulistano que dedicam-se a recriar a riqueza caleidoscópica dos diversos estilos brasileiros para a linguagem instrumental da big band.

Na opinião de Nei Lopes e Guga Stroeter, o samba atravessa os tempos e os modismos por sua capacidade plástica de renovar-se, dialogando com distintas linguagens sem jamais perder sua identidade vital.

Nei Lopes com os músicos do Coisa Fina, Dino Barioni, a cantora Jannu Bastos e Guga Stroeter (à dir.)

Os produtores buscam parceiros e formas de financiamento para cumprir as fases de finalização do projeto –edição, mixagem, masterização, pagamento de direitos autorais, parte gráfica e prensagem.

Ouça abaixo, com exclusividade, “Minha arte de amar”, faixa ainda não finalizada do CD “Samba a Rigor”. Composição do próprio Nei Lopes em parceria com Zé Luis do Império.