“Neste disco, eu tô em casa”, fala Mart’nália sobre o lançamento de ‘Em Samba’

Neste disco, Mart’nália decidiu se divertir com músicas marcantes em sua vida

Em Samba é ir para um lugar que me completa, me traz felicidade e tem muito a ver com a minha família. Te faz esquecer de tudo e quando você ouve fica tudo maravilhoso”. É assim que Mart’nália descreve o seu mais recente lançamento, feito a partir de um show gravado em maio no Rio e transformado em CD e DVD.

A ideia deste trabalho veio do pai, Martinho da Vila, que carinhosamente dirigiu o disco. A proposta inicial era fazer um ensaio aberto, onde Mart’nália pudesse experimentar músicas autorais, de compositores desconhecidos e sambas que já cantava.

Após um ano que ela mesma definiu como ‘chato’, com Copa do Mundo e eleições, a artista levou a ideia para o palco. “Comecei a cantar sambas de compositores da minha trajetória, de parceiros, ídolos, escolas, enfim, músicas que o público pudesse cantar junto”, explica.

E para acompanha-la, ninguém melhor do que a própria família. “Cantar com eles é normal, a gente se entende com o olhar. Neste disco, eu tô em casa”, conta. Além de assinar a direção, Martinho participou da última faixa, um medley de “Beija, Me Beija” e “Madalena do Jucu”. Com a irmã Analimar e os sobrinhos Raoni e Dandara na banda, o indispensável samba “Casa de Bamba” não ficou de fora.

Rap

Mart’nália é conhecida pelo gosto em misturar diversas referências musicais em seu trabalho. Embora tenha nascido no samba, não restringe sua carreira ao gênero e ainda afirma, entre risos, que a sua linguagem é a carioca.

Neste disco, ela vai de Dona Ivone Lara a Carlinhos Brown, de Djavan a Emílio Santiago. A surpresa da vez, no entanto, foi a parceria com Emicida em “Quero Ver”.

“Ele me chamou para gravar essa mesma música no CD dele e assim fui me aproximando do rap. Coloquei no meu para mostrar a proximidade da música negra. O improviso bate no partido alto, até no repente do nordeste”, diz.