Videobrasil online exibe obras incríveis na mostra ‘Confinamentos’

Tradicional festival de videoarte reúne documentários, performances, vídeo-montagens e várias outras formas de narrativas visuais. Confira:

Até 04 de julho de 2021

Todos os dias

24h

Recursos de acessibilidade para pessoas com deficiência não informados pelo próprio organizador do evento

O festival Videobrasil comemora os 30 anos de seu riquíssimo acervo de videoartes com uma edição online incrível na forma da exposição “Confinamentos”, composta por obras de diferentes épocas.

De 10 de maio a 4 de julho, você assiste, por meio deste site, documentários, intervenções performáticas, vídeo-montagens fotográficas e outras formas de narrativas visuais.

Documentário “Across Lips” é um dos destaques da exposição ‘Confinamentos’, do festival Videobrasil online
Créditos: divulgação
Documentário “Across Lips” é um dos destaques da exposição ‘Confinamentos’, do festival Videobrasil online

Entre os artistas que têm seu trabalho exposto na edição online do Videobrasil estão Coco Fusco, Frente 3 de fevereiro, Kiko Goiffman, Megan-Leigh Heilig, Lucila Meirelles, Juvenal Pereira, Alyona Larinokova, Caco Souza, Erin Coates, Fernanda Gomes, Luciana Barros, Marcello Mercado, Maria de Oliveira, Marta Nehring e Nilson Araújo

As obras da exposição abordam a questão do confinamento, tão pulsante na pandemia de Covid-19, a partir de diferentes perspectivas. São retratados o cerceamento físico e psicológico, o encarceramento em massa, a exclusão provocada pelo racismo, a ideia de manicômio, as prisões políticas, a criminalização da homossexualidade e a perversidade do monitoramento digital.

Uma das atrações é o vídeo “Tereza” (1992), de Caco Souza e Kiko Goifman, a obra premiada na 10ª edição do Videobrasil. A partir de cenas gravadas em duas prisões paulistas, o filme revela múltiplas faces do cárcere, discutindo aspectos como as disputas internas, a invenção como sobrevivência, as leis, a linguagem e as populações LGBTQ encarceradas.

Outro destaque é “Across Lips” (2016), da artista russa Alyona Larinokova, que vive em Londres, na Inglaterra. O documentário trata da questão do monitoramento, da vigilância e da coleta de informações na era digital e mostra como todos estão presos em bolhas graças a essa algoritimização da vida.

Já em “Driving to the Ends of the Earth” (2016), a australiana Erin Coates e seu cão fazem uma longa viagem de carro. Ambos parecem ignorar a sucessão de cenários catastróficos que veem pelos vidros.

A australiana Erin Coates cria uma reflexão sobre o confinamento a que nós mesmos nos submetemos
Créditos: divulgação
A australiana Erin Coates cria uma reflexão sobre o confinamento a que nós mesmos nos submetemos

Nessa viagem fictícia e cômica rumo a um fim de mundo imprevisível, o que importa é seguir, mesmo que isso implique ignorar muita coisa. A ideia da obra é criar uma reflexão sobre como moldamos a nossa experiência, como nos submetemos a confinamentos e por quais lentes vemos o mundo.

Depois de mergulhar de cabeça no Videobrasil, dê uma olhada nestas outras dicas para curtir em casa: