Viena e seu lado nada Leste Europeu

Ir para Viena achando que verá uma cidade ainda não muito desenvolvida, com ruas estreitas, chão de pedra e casas pequenininhas, é um erro. A cidade é grande se comparada com os outros lugares do Leste Europeu que já passamos, como Praga e Bratislava. Na verdade, nos surpreendemos com a imponência de suas avenidas largas, quarteirões sem fim e monumentos gigantes. Ou seja, preparem os pés que lá o bicho pega (rs)!!

Decidimos ir de Bratislava para Viena de ônibus, compramos as passagens pela internet com a empresa Slovak Lines e pagamos ida e volta €14,30 cada um – barateza!! Existem outras maneiras de fazer essa viagem: como de barco pelo Danubio (eu escolheria essa num dia de verão, deve ser uma delicia – acabamos fechando o busão antes de descobrirmos essa opção) ou trem. A viagem leva uma hora e é super tranquila…no caminho as paisagens com castelos, charmosas cidadezinhas e curiosos monumentos, vão nos distraindo.

* Piramos nessas estátuas numa reunião no meio da estrada! Tentei achar o que ela representa na internet, mas não tive sucesso. A minha intrepretação é que eles são os engenheiros que fizeram essa estrada. Será?

Em Viena também ficamos no Ibis, esse, diferente do de Bratislava, já não dava para ir a pé para o centro, mas de metrô era rapidinho, inclusive na mesma linha. Na verdade, em qualquer lugar que você fique, uma hora ou outra você terá que pegar o metrô, já que nem todos os lugares ficam perto do centro. O metrô é bem tranquilo de andar e foi o nosso meio de locomoção oficial, até nos momentos em que eu estava quase morrendo de cansaço querendo um táxi mais que tudo, o Roy/marido carrasco me fazia pegar metrô…tudo pelo bem do orçamento.

Por tudo isso que já mencionei, recomento pelo menos dois dias em Viena para conseguir rodar bem pela cidade. Caso tenha mais tempo, é bem legal também o passeio de barco pelo Vale Wachau, por lá vinhedos, castelos e o charme das cidades pequenas. Queríamos muito ter feito, mas além de caro, precisa de um dia de dedicação caso queira parar em cada uma das cidades e nós não tínhamos esse tempo.

* No nosso primeiro dia, decidimos ir para o centro. No caminho, bem perto do hotel vimos o parque de diversão famoso de Viena, que tem uma roda gigante, construída em 1897, e que se tornou o símbolo do parque. A roda sobreviveu a muitas tragédias naturais, mas infelizmente na Segunda Guerra Mundial ela foi totalmente incendiada e mesmo com tantas outras coisas para serem reconstruídas, ela foi uma das prioridades e em 1947 já estava funcionando novamente.

* No centro, nossa primeira parada foi a Catedral de Santo Estevão, de 1147. Logo na chegada o que chama a atenção é o contraste da arquitetura gótica com o acabamento do telhado feito de azulejos – um trabalho lindo.

Lá dentro, existem mil pacotes disponíveis de passeios pela catedral, nós optamos por conhecer a catacumba e a torre sul – maior e mais cansativa (casal gosta de sofrer!).

O passeio na catacumba acontece de 30 em 30 minutos e é feito com um guia em alemão e inglês. Lá, estão vária tumbas de membros da dinastia Habsburgo, além de urnas com os intestinos de alguns deles. O mais chocante são as ossadas de vítimas da Peste Negra, milhares e milhares de ossos amontuados (juro, um número assustador). A temperatura lá é bem baixa – estava o maior calor na rua e lá quase nevando (exageradaaa), e para completar o clima macabro, o guia parecia um coveiro de filme de terror e quando ele falava em alemão, eu até me arrepiava – nada contra, mas a minha referência dessa língua são sempre filmes onde os alemães não eram os mocinhos, se é que você me entende. Detalhe: proibido fazer fotos na catacumba…(a blogueira chora!)

Escolhemos a torre sul, pois nos falaram que a vista era mais bonita. Assumo que depois de subir 347 degraus para chegar no topo da torre de 137 metros, eu me decepcionei um pouco…você chega em uma salinha cheia de janelas e é dali que você tem que tentar fazer uma boa foto. Depois que descemos, fiquei uns 20 minutos com as pernas fazendo movimentos involuntários…foi estranho!

  

* Detalhes do telhado da catedral visto lá do alto da torre.

  

* Ali na frente, opções charmosas de city tour…cavalinhos.

* Bora andar, mas antes uma paradinha para um café e uma Apfelstrudel – sobremesa tradicional com massa folhada e maça.

* Por todo caminho a arquitetura conta a história da cidade…prédios lindíssimos.

Onde está a Wally?

  

* Chegamos ao Palácio de Hofburg, construído no séc XIII, era a residência de inverno dos poderosos Habsburgo. Hoje, ele é um complexo que abriga a Biblioteca Nacional, a sede do Presidente da Austria, museus e a Escola Espanhola de Equitação – a melhor do mundo.

 

* Na praça do interior do palácio uma estátua do Imperador Francisco I.

* Aqui o prédio da Biblioteca Nacional

* O dia estava tão lindo que as praças estavam lotadas…delícia!

* Parada obrigatória para encher a nossa garrafinha…

* A cidade respira cultura, seja em forma de música ou mesmo em seus inúmeros museus. Aqui o prédio do Museu de Belas Artes de Viena que fica na frente do Museu de História Natural.

* Ficamos apaixonados pelo florido parque Volksgarten, criado entre 1820 e 1823.

   

* Ali pertinho está o Parlamento, onde o grande destaque é a estátua de Pallas Atenea – Deusa da Sabedoria. O projeto é do fim do século XIX e o estilo grego foi adotado para homenagear a democracia.

* Esse prédio incrível – conhecido como Rathaus, é a prefeitura da cidade. Não conseguimos uma boa imagem dele, porque toda a sua frente estava fechada para um evento de música que teria na semana seguinte – mega evento, por sinal.

* Europeus e suas praças e parques…ninguém aproveita mais e com tanto charme os espaços públicos do que eles (claro, que em épocas mais quentes do ano)!!!

* Depois de um bainho no hotel, saimos para o passeio noturno. Fomos em direção ao centro novamente, mas dessa vez pegamos o metrô até a saída próxima ao Danubio. Demos a sorte de pegar a metade de um show muito legal que estava tendo por lá. A banda – The Tarantino Experience, era simplesmente incrível, no repertório deles músicas dos filmes do Quentin Tarantino…o melhor é que os caras fazem ainda um teatrinho – sério, muito animal!!

* Para melhorar tudo, o pôr-do-sol estava incrível!

* Do outro lado do show, havia tipo um deck com um bar e um restaurante – Motto am Fluss. Foi lá que  resolvemos ficar…começamos com um vinho no bar e descemos para jantar no restaurante. Vista incrível, comida ótima e preço justo.

      

* Nossa vista do show da janela do restaurante!

    

* Depois do jantar, fomos dar a nossa caminhada notuna – sempre vale a pena. De noite com a iluminação, sempre descobrimos uma outra cidade.

Viena, acreditem se quiser, é uma cidade nada movimentada a noite…nessa hora sentimos saudades de Bratislava.

* Acordamos com o dia meio feio, mas como não tínhamos escolha, decidimos mesmo assim partir para o  Palácio Schonbrunn, conhecido também com Palácio de Versalhes de Viena – lugar imperdível! Ele servia como residência de verão da família imperial e hoje abriga museus e o zoológico mais antigo do mundo. Apesar de tudo isso, o destaque mesmo é o jardim – simplesmente lindo!!

Depois quando o sol saiu, me arrependi de ter desejado tanto ele…passear por esses jardins no calorzão foi complicado, mas pelo menos as fotos ficaram lindas!!

       

* A parte onde ficam os jardins/ labirintos e o parque infantil é paga, € 4,50 por pessoa. Como eu sempre quis entrar nesses labirintos…pagamos e nos divertimos!

     

* Sempre que visito lugares como esse fico pensando como teria sido viver ali no passado. Para ilustrar, tirei uma foto de um quadro que achei por lá, muito charme!!

* Fonte de Netuno, criada em 1780.

* Uma valsa em frente ao Gloriette (1775), monumento onde eram realizadas as festas da corte. Fica no alto de uma colina e tem uma vista linda! Legal que só eu estou dançando…

   

* Vista do Palácio para o Gloriette…tudo tão lindo.

* Decidimos não fazer o tour pelo palácio..me doeu um pouco,  mas tínhamos muito para ver ainda.

 

* De um palácio, fomos para o outro, dessa vez o Palácio Belvedere. Ele é dividido em duas partes e entre elas tem um jardim lindo – Viena o lugar dos jardins lindos!

As duas partes foram construídas no estilo barroco…é possível entrar em ambos e se der sorte pegar uma exposição bem bacana.

        

* No caminho do metrô, saindo do palácio, encontramos a igreja São Carlos (Karlskirche). Ela foi construída em homenagem ao santo conhecido por curar pessoas com Peste Negra. Ela tem uma arquitetura muito curiosa, única eu diria…repare que é um mix de estilos que passam pelo barroco, grego e tem até  minaretes, da cultura árabe.

* Na nossa última noite, resolvemos jantar no centro…num desses restaurantes que ficam na praça. Depois o tradicional passeio pela noite da cidade.

    

 

* No último dia, tivemos algumas horas em Viena antes de voltar para Bratislava – a passagem para Londres saia mais barata por lá.

Bom…aproveitamos para caminhar mais um pouco e admirar mais essa cidade escândalo.

* Esse é o Ópera House, construído entre 1861 e 1869, com certeza o lugar onde qualquer musicista clássico gostaria de se apresentar.

* Detalhe de um dos vendedores de espetáculos que peranbulam pela cidade.

  

 

* Depois de muito perambular, achei o Mozart – um dos mais ilustres dos austríacos

   

Olha gente, amamos a viagem. Viena é um mundo em uma cidade – muitas coisas para ver e todas apaixonantes. Tipo de lugar que não podemos deixar de ir nessa vida.

Coloque a cidade no seu roteiro, escale a sua melhor companhia e se joga!!

Próximo destino: Dinamarca. Tem dicas de Copenhagen? Mande para a gente (caseimudei@hotmail.com)!!

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beijosss