Bicicleta compartilhada pode ser entregue em qualquer lugar de SP

Pelo modelo da Yellow Bike que agora chega a São Paulo, usuário pega o veículo em pontos não predefinidos e o 'abandona' na calçada depois de utilizá-lo

Bem que poderia ser uma cena de filme: alguém com pressa encontra uma bike na rua, aparentemente esquecida ali, e a utiliza para zarpar em velocidade rumo a alguma aventura. No entanto, não há nada de ficcional nessa ação, se observarmos alguns detalhes na sequência descrita. Ela se passa em São Paulo, em algum dia a partir do mês de agosto de 2018. Antes de sair pedalando, o usuário desbloqueou um cadeado que prendia a bike. E ela não estava ali por acaso: trata-se de um novo sistema de bicicleta compartilhada em operação na cidade.

O sistema de bicicleta compartilhada não estabelece pontos fixos de estacionamento do veículo
Créditos: Reprodução/Facebook/@yellow.us
O sistema de bicicleta compartilhada não estabelece pontos fixos de estacionamento do veículo

O serviço da Yellow Bike funciona mesmo dessa forma: você encontra a bike, destrava o cadeado, usa o veículo e depois o “abandona” no ponto final do percurso, uma vez que não existem lugares fixos para deixar a “magrela”.

A praticidade só é possível porque o sistema é controlado por um app, disponível para iOS e Android, por meio do qual o usuário identifica onde está a bicicleta mais próxima, obtém um QR code para desbloquear seu cadeado e adquire créditos para a corrida – o custo é de R$ 1 a cada 15 minutos. Na plataforma do serviço, há instruções sobre a utilização dessas bikes.

Inicialmente, a Yellow Bike “espalhou” 500 bicicletas pelas calçadas das zonas sul e oeste e no centro expandido de São Paulo. O objetivo é elevar esse número para 20 mil até o final do ano.

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Esse modelo de bicicleta compartilhada, comum na Europa, nos EUA e na China, foi pensado para ser complementado com outros tipos de transporte, como o metrô. Aos poucos, à medida que aumenta a adoção ao sistema, naturalmente se espera que sua abrangência cresça em direção a outras zonas da cidade.

A estrutura das bicicletas utilizadas foi idealizada para minimizar os roubos e furtos dessas “magrelas”: o quadro delas é de aço, material menos atrativo pela dificuldade de ser vendido; elas não têm marchas, o que diminui seu valor; e componentes como selim, parafusos e porcas são dotados de alarmes que avisam uma central quando alguém tenta retirar esses itens.

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Curadoria: engenheiro Bernardo Gradin, presidente da GranBio e especialista em soluções sustentáveis.

Em parceria com qsocial