Chernobyl será transformada em fazenda de energia solar

Em parceria com qsocial
12/02/2018 11:28

As terras do entorno de Chernobyl, na Ucrânia, local de um dos maiores acidentes nucleares da história, começam a ganhar uma nova utilidade. A empresa russa Rodina Energy Group e a alemã Enerparc Ag irão instalar painéis fotovoltaicos para a geração de energia solar no local.

Zona de exclusão de Chernobyl, com as ruínas da cidade de Pripyat
Zona de exclusão de Chernobyl, com as ruínas da cidade de Pripyat

O investimento é de US$ 1,2 milhão e serão instalados painéis para gerar 1 megawatt de energia, mas há planos para gerar até 100 megawatts de energia solar nessa região.

A fazenda de energia solar ficará dentro da zona de exclusão, área que abrange um raio de 30 quilômetros, estabelecida desde o acidente, ocorrido há mais de 30 anos.

As linhas de transmissão usadas na época em que a usina nuclear funcionava ainda estão lá e serão aproveitadas para transmitir essa energia renovável.

Como as terras contaminadas não podem mais ser usadas para atividades agrícolas ou para construir residências, o governo ucraniano vendeu-as por um preço baixo.

Um novo escudo de aço foi colocado sobre o reator nuclear danificado no final de 2016 para evitar possíveis novos vazamentos, o que contribui para a proteção das pessoas que trabalharão na construção e manutenção das instalações.

Novo escudo instalado sobre o reator danificado para evitar novos vazamentos, em 2016 
Novo escudo instalado sobre o reator danificado para evitar novos vazamentos, em 2016 

Clique aqui e conheça o projeto As Melhores Soluções Sustentáveis.Em 26 de abril de 1986, o reator nuclear 4 de Chernobyl explodiu, matando 30 pessoas nos primeiros três meses, mas acredita-se que milhares morreram em decorrência do acidente. A Ucrânia era então parte da antiga União Soviética.

Além de Chernobyl, apenas o acidente nuclear de Fukushima, no Japão, em 2011, foi classificado com o grau máximo de 7 em termos de gravidade.

De acordo com a Bloomberg, empresas da França e da China também estão interessadas em construir instalações para gerar energia solar nas terras próximas a Chernobyl.

Curadoria: engenheiro Bernardo Gradin, especialista em soluções sustentáveis.