Estufa vira microcosmo de plantas e insetos em área urbana
Estrutura montada em um cruzamento movimentado de Copenhague ficará ali por três anos, sem interferência humana em seu interior
Uma espécie de estufa autossuficiente, com plantas e insetos, foi montada no meio de um cruzamento movimentado em Copenhague, na Dinamarca.
O objetivo é ver como esses seres viverão em um microcosmo que, embora protegido, fica em um local que não é exatamente o melhor para eles.
A estrutura, batizada de Biotope, foi criada pelo designer Simon Hjermind Jensen, do escritório SHJworks.
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O formato da instalação lembra um organismo primitivo.
Ela tem 7 metros de comprimento e 3 metros de altura. As paredes de 4 milímetros de espessura são feitas de policarbonato, um tipo de plástico.
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Dentro dessa estrutura há terra, 60 espécies de plantas, insetos, abelhas e uma colmeia de madeira compensada.
A parede protege a vida no interior da Biotope e cria um efeito de estufa. Além disso, ela também retém umidade.
A Biotope é circundada por uma estrutura de concreto, que serve de banco para as pessoas que andam por ali.
E também como coletora de água da chuva, que flui para dentro da estrutura por meio de pequenos orifícios existentes nas paredes.
As abelhas e os insetos também podem entrar ou sair da estufa por meio de diferentes aberturas.
O cruzamento onde está a Biotope fica perto de uma estação de trem e de uma estrada com três faixas para veículos. Muitas pessoas, carros e bicicletas circulam por ali.
A estufa permanecerá nesse local por três anos, sem nenhum tipo de interferência, porque um dos objetivos é ver como esse microcosmo protegido se sairá nesse ambiente urbano.
Segundo a SHJworks, as mudanças climáticas transformarão nosso modo de vida. Assim, talvez seja necessário um dia viver em lares e cidades que integrem melhor as plantas e microcosmos biológicos.
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Curadoria: engenheiro Bernardo Gradin, presidente da GranBio e especialista em soluções sustentáveis.