Cinema ao ar livre com trilha sonora ao vivo toma conta de praça

Abertura da Mostra Clássicos na Praça exibe o clássico de Chaplin com trilha sonora da Orquestra de Câmara Sesiminas ao vivo

Cinema já é algo incrível, gratuito, então… melhor ainda! Se juntarmos as palavrinhas mágicas: cinema, gratuito e ar livre melhora 235%.

Mas, como aqui no Catraca Livre a gente não brinca em serviço, gostamos mesmo é de abundância, estamos aqui para falar da Mostra Clássicos na Praça, que além de ser gratuita, ao ar livre e contar com clássicos do cinema nacional e internacional, também tem um toque a mais: uma orquestra fazendo a trilha sonora ao vivo do filme de abertura!

O evento tem sessões sempre à noitinha entre os dias 22 e 26 de agosto, na Praça da Estação, e exibe títulos da história do cinema, em gêneros como ficção, aventura, suspense e comédia. Todos os filmes foram selecionados pelos curadores da 11ª Edição da Mostra CineBH e fazem parte da MAX – Minas Gerais Audiovisual Expo.

Na abertura, o longa escolhido é “O Garoto”, de Charles Chaplin, que conta a história de uma mãe que abandona seu filho com um bilhete em uma limusine. O carro acaba sendo roubado e a criança é deixada em uma lata de lixo, até ser encontrada por um vagabundo, que passa a cuidar dela. Cinco anos depois, a mulher tenta encontrar o filho perdido.

A cereja do bolo fica por conta da Orquestra de Câmara do Sesiminas, que vai proporcionar ao público uma experiência única de som e imagem. O grupo erudito leva um pouco da sua história, utilizando algumas das mais belas obras que compõem seu repertório como fundo musical do grande clássico de Chaplin, sob a regência de Felipe Magalhães. DEMAIS, não é?

Mas não para por aí! A programação da mostra ao ar livre de cinema vai exibir os longas “Eles Vivem”, de John Carpenter; “Janela Indiscreta”, de Alfred Hitchcock; “Blade Runner – O Caçador de Androides”, de Ridley Scott; e “O Menino Maluquinho”, de Helvécio Ratton. Já entre os curtas exibidos, estão “Estado Itinerante”, de Ana Carolina Soares; “Fantasmas”, de André Novais; “Eles Vivem”, de John Carpenter; “A hora Vagabunda”, de Rafael Conde; e “A Velha a Fiar”, de Humberto Mauro.

Não marca bobeira! Confira as datas das sessões:

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Às 19h

O GAROTO (1921, longa-metragem), de Charles Chaplin

É um exemplo de uma das obras-primas de um artista maior, Charles Chaplin, ator e diretor que se tornou emblema do cinema, arte radical e popular. O Garoto é um de seus filmes mais famosos, marcado profundamente por um estilo que conjuga inventividade, emoção e beleza. O filme inaugura a programação e a exibição será acompanhada de um Cine-Concerto, com a trilha sonora executada ao vivo pela Orquestra de Câmara Sesiminas.

CINE-CONCERTO DA ORQUESTRA DE CÂMARA SESIMINAS

A trilha sonora criada especialmente para o evento proporcionará ao público uma experiência única de som e imagem. A Orquestra, que completou 30 anos de atividades no ano passado, traz um pouco da sua história, utilizando algumas das mais belas obras que compõem seu repertório como fundo musical do grande clássico de Chaplin, sob a regência de Felipe Magalhães.

Programa

Giacomo Puccini – I Crisantemi
Karl Jenkins – Palladio, 1º mov
Alberto Nepomuceno – Suite Antiga, 1º mov (minueto)
Edvard Grieg – Duas Canções Elegíacas, 2º mov (A Última Primavera) / Suite Holberg, 2º mov (sarabanda)
Johannes Brahms – Dança Húngara nº5 / arranjo: Eliseu Barros
Leroy Anderson – Plink, Plank, Plunk / arranjo: William Zinn
Antonin Dvorák – Serenata para cordas, 2º mov
Edward Elgar – Serenata para cordas, 1º mov
Johann Strauss Jr. – Pizzicato Polka
Vasily Kalinnikov – Serenata para cordas em sol menor
Antônio Carlos Gomes – Sonata para cordas, 4º mov (Burrico de Pau)

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Às 19h30

ESTADO ITINERANTE (2016, curta-metragem), de Ana Carolina Soares.

Vivi quer escapar de uma relação opressora. Em período de experiência como cobradora de ônibus, ela trabalha desejando não voltar para casa. A semana passa rápido, entre as paradas no ponto final e o itinerário os encontros com outras cobradoras fortalecem a mulher trabalhadora e seu desejo de fuga. Logo é final de semana e o centro de Belo Horizonte já não parece tão longe do bairro Boa Vista.

ELES VIVEM (1989, longa-metragem), de John Carpenter

Mistura de ação e ficção científica, divertida alegoria sobre o poder da mídia e da publicidade, com uma crítica feroz à manipulação de informação. Dialoga com a temática “cinema de urgência”, ao mesmo tempo, em que é uma aventura cheia de reviravoltas, brigas e tudo mais que chama atenção de todo tipo de público. Filme muito popular nos anos 1980 e 1990.

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Às 19h30

FANTASMAS (2011, curta-metragem), de André Novais 

Filme mineiro que colocou em evidência a produção da cidade de Contagem num filme inventivo e simples, que até hoje perturba o espectador.

JANELA INDISCRETA (1954, longa-metragem), de Alfred Hitchcock 

Um dos filmes mais famosos do diretor de cinema mais conhecido de todos os tempos, Alfred Hitchcock. A história de suspense e humor tem uma força que não envelheceu, além de ser o modelo perfeito de filme popular e também um dos exemplos mais interessantes de radicalidade experimental dentro do cinema industrial de Hollywood. É ainda uma metáfora sobre o próprio cinema, com o personagem de perna quebrada que bisbilhota os vizinhos do prédio em frente.

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Às 19h30

A HORA VAGABUNDA (1998, curta-metragem), de Rafael Conde

Filme essencial nos anos 1990, explora com picardia os espaços urbanos mais conhecidos de Belo Horizonte.

BLADE RUNNER – O CAÇADOR DE ANDROIDES (1982, longa-metragem), de Ridley Scott

Clássico absoluto da ficção científica, de exuberância estilística e influência na cultura pop, o filme serviu de inspiração a diversos filmes sobre um futuro distópico.

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Às 18h

A VELHA A FIAR (1964, curta-metragem), de Humberto Mauro 

Do pioneiro e nosso cineasta maior Humberto Mauro, é um dos mais importantes filmes do país, baseado em canção popular tocada em versão do Trio Irakitan.

MENINO MALUQUINHO – O FILME (1995, longa-metragem), de Helvécio Ratton

Sessão para toda família, o filme é um clássico do cinema infanto-juvenil brasileiro. Baseado na obra de Ziraldo e grande sucesso nos cinemas num período em que poucos títulos do país atraíam tantos espectadores às salas. Menino Maluquinho – O Filme é uma produção do Grupo Novo de Cinema e TV.

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