Virada Cultural de BH 2017 é cancelada pela Secretaria de Cultura

É setembro e nenhuma notícia sobre a Virada Cultural em Belo Horizonte havia sido divulgada. Até agora. Em comunicado oficial, a nova Secretaria Municipal de Cultura, criada por meio da Reforma Administrativa, sancionada pelo prefeito Alexandre Kalil (PHS) no dia 1º de agosto, e “inaugurada” na última segunda, dia 4, diz que não há recursos financeiros, nem tempo hábil para realização do megaevento em 2017.

Palco na Praça da Estação, na Virada Cultural de BH em 2013

A ideia é que a SMC promova o festival em 2018 com investimentos e melhorias na estrutura, além da elaboração de uma edição maior e com nomes de peso nos palcos da capital mineira. Segundo nota, a secretaria reitera o compromisso para a realização dos principais festivais e eventos culturais da cidade. “Ainda neste ano, realizaremos o Festival Literário Internacional – FLI-BH, em setembro, e o Festival de Arte Negra – FAN-BH, em outubro”.

Em 2018, os belo-horizontinos podem aguardar o Festival Internacional de Quadrinhos – FIQ-BH, em maio, e o Festival Internacional de Teatro Palco & Rua de Belo Horizonte – FIT-BH, em junho.

  • 12 anos sem cultura

Para marcar a criação da Secretaria Municipal de Cultura, extinta desde 2005, a Prefeitura de Belo Horizonte promoveu, na última segunda, dia 4, no Teatro Francisco Nunes, um encontro recheado de apresentações musicais. O evento aberto ao público contou com a presença do prefeito Alexandre Kalil, que deu posse ao secretário municipal de Cultura, Juca Ferreira, e ao novo presidente da Fundação Municipal de Cultura, Romulo Avelar.

Secretário Municipal de Cultura, Juca Ferreira, na posse realizada em evento no último dia 4 de setembro

O secretário destacou a diversidade cultural da cidade e enfatizou a responsabilidade do poder público na fomentação do setor. “Já estamos nos reunindo com todos que vão conduzir esse processo, pois nossa responsabilidade é trabalhar todas as dimensões culturais de Belo Horizonte. Do hip hop à cultura sinfônica, passando por todas as manifestações musicais, contemplando também teatro, cinema, manifestações tradicionais e contemporâneas”, afirmou.

Empossado presidente da Fundação Municipal de Cultura, Romulo Avelar destacou o papel da Secretaria Municipal de Cultura. “É um grande avanço no sentido de articulação do setor cultural junto à Prefeitura. A FMC está vinculada à Secretaria, mas não apenas no papel de executora. A Fundação também colabora e participa do processo estratégico de definição das políticas públicas”.

A criação da Secretaria Municipal de Cultura foi definida na Reforma Administrativa, Lei 11.065, sancionada pelo prefeito Alexandre Kalil no dia 1º de agosto. Cabe ao novo órgão, a gestão da política cultural do município, promovendo, entre outras ações a formulação de políticas culturais democráticas, a promoção da diversidade cultural e étnico-racial, a elaboração e coordenação da política municipal de arquivos e a formulação de políticas públicas e planejamento das atividades das Unidades Culturais do Município. A Fundação Municipal de Cultura foi mantida, agora vinculada à Secretaria Municipal de Cultura.