Empreendedorismo: um Brasil menos burocrático é possível

Ele abriu uma empresa para ajudar empreendedores a lidar com a burocracia. E agora dá sugestões de como pode melhorar!

Notoriamente, o ambiente regulatório brasileiro é um dos piores do mundo. Estamos nas últimas colocações em praticamente todos os rankings internacionais quando o assunto é a burocracia nacional. Pensando nisso, Edivan Costa abriu a SEDI, uma empresa especializada em processos de regularização de empresas – afinal de contas, empreender é resolver problemas.

Nesta entrevista, Edivan fala sobre os desafios dos empreendedores e Governos para lidar com a burocracia no país, e dá sugestões de como as coisas poderiam ser, de fato, mais simples.

Endeavor: O Brasil é considerado um dos países mais difíceis para se abrir uma empresa, com muitos dias necessários para tirar todas as licenças. Por que leva tanto tempo?

Edivan Costa: Creio que é preciso, antes, alinhar o conceito de abertura de empresas. Será que abrir uma empresa na Finlândia é a mesma coisa que no Brasil?

A verdade é que, se formos analisar o Brasil todo, há lugares onde se abre uma empresa em menos de 10 dias. Mas isso ainda é exceção. O que acontece é que o Brasil tem muitos procedimentos que devem ser cumpridos para se abrir uma empresa, e esses procedimentos não tem padronização alguma. São muitas fases, envolvendo todos os níveis de Governos e as Autarquias, como Anvisa, Corpo de Bombeiros, etc.

Uma empresa do comércio, por exemplo, que inclui no seu objetivo a prestação de serviços, precisa obter tanto a inscrição estadual como a municipal para operar. Os órgãos responsáveis por esses processos são totalmente distintos e praticamente dependentes entre si, ou seja, um processo só acontece depois do outro (na maioria das cidades). Isso atrasa a formalização da empresa em pelo menos 30 dias!

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