Dinheiro binário

Saiba o que são as "Bitcoins" e quais vantagens elas podem trazer

Cartões de crédito, cheques especiais e transações bancárias que atravessam o oceano com facilidade. O dinheiro passa por um processo de “desmaterialização”, no qual sua presença se faz apenas com números em telas de computadores e caixas eletrônicos. No ciberespaço, as coisas não são tão diferentes: uma moeda “virtual” foi inventada no Japão e a cada dia ganha mais força e adeptos. As “Bitcoins” criaram um sistema econômico descentralizado e próprio dentro da web.

arte: Vinicius Santos
A rede suporta até 21 milhões de Bitcoins. Hoje, há mais de 6 mi delas em circulação
A rede suporta até 21 milhões de Bitcoins. Hoje, há mais de 6 mi delas em circulação

A moeda surgiu em 2009 e foi criada por Satoshi Sakamoto. Este nome, porém, é comum no país asiático e por isso muitos acreditam que trata-se de um pseudônimo. Atualmente, são mais de 400 transações feitas com Bitcoins a cada hora. Seu valor em relação ao dólar está por volta de U$ 17 e existem sites, como o Mt. Gox, que trocam as BTCs por dinheiro real e vice-versa.

Em solo nacional, o site Bitcoin Brasil traz informações sobre a moeda e também disponibiliza links onde é possível comprar, vender e acompanhar a cotação da mesma. A página traz versões do programa necessário para aderir ao novo “sistema monetário”.

Com as BTCs é possível comprar softwares, serviços, livros, jogos etc. Um dos sites que reúne essas opções é a página de Trade, parte do Bitcoin Wiki. No mundo dos games, quantias geradas na web não são novidades. Em jogos como “Ragnarök” – desenvolvido pela empresa sul-coreana Gravity Corp. – é possível comprar Rops, moeda que, dentro do RPG, serve para adquirir diversos itens. Após a compra com dinheiro comum, o usuário tem o valor em “rops” creditado em sua conta.

Vantagens

A primeira delas está no fato de que a moeda não depende de um Banco Central. A descentralização faz com que o comprador de Bitcoins não pague taxas altas ao adquirir o dinheiro. Outro ponto é que as movimentações podem ser feitas em qualquer parte do globo, basta estar conectado à internet.

Quem não quiser ser apenas “comprador” de BTC, mas também criador das mesmas, pode baixar o programa que gera as moedas e seguir os passos para criá-las. O sistema é conhecido como “mining” (ou “minerar”, em português). Contudo, vale lembrar que o processo é muito complexo e exige bastante desempenho do computador, o que demanda tempo para a obtenção de resultados.

Para guardar o dinheiro, existe uma “carteira digital”. Nela, o usuário acumula suas quantias de BTC após instalar  um programa específico (disponível neste link). Existe ainda a opção de armazenar as quantias em sites como IstaWallet e MyBitcoin.

Segurança

Apesar da troca entre usuários ser direta, nenhum deles precisa fornecer dados pessoais. No site, um programa gera códigos de registros específicos e com eles as operações podem ser executadas. Fora isso, nenhuma outra informação é divulgada.

A única forma de “limparem” a carteira digital é infectando o computador de algum usuário através de vírus ou malwares. Por se tratar de um programa instalado no próprio PC, a “digital wallet” fica vulnerável à invasões.

Todas as transações feitas com Bitcoins são públicas. Entretanto, o uso de códigos no lugar de nomes e endereços faz com que não se saiba muito sobre o que cada um faz com suas moedas.

Veja o vídeo explicativo (legendado):