Publicitário experimenta 31 profissões por 31 dias seguidos

Foram 31 dias seguidos trabalhando em 31 lugares diferentes. A ideia de experimentar novas profissões e encontrar relevância naquilo que faz foi o que levou à frente o projeto do publicitário Eduardo Talley. “Não faz mais sentido fazer a mesma coisa todos os dias. Não faz mais sentido ter apenas uma profissão pelo resto da sua vida. Não faz mais sentido ser definido pelo que eu faço”, argumenta ele em seu site.

Antes de criar esse desafio, o brasiliense, de 31 anos, passou 10 deles trabalhando no mercado publicitário, até que um dia – após uma viagem pelo mundo – percebeu que precisava trocar de emprego.  Precisava ser algo novo, com novas tarefas e desafios. Então, por que não fazer algo diferente a cada dia?

“O que eu posso fazer por você por um dia?”

 

Com essa ideia louca e ao mesmo tempo inspiradora, ele criou o projeto One Day Hand“. Funcionou assim: em uma plataforma, ele oferecia sua mão de obra por um dia. Pessoas interessadas reservavam uma data, contavam o que precisavam e ofereciam um lance – que não precisava ser necessariamente dinheiro – poderia ser um produto, serviço ou troca de conhecimento.

E assim, ele atuou como cervejeiro, pintor, jardineiro, produtor de shows e até como babá. O pagamento veio das mais diferentes formas: dinheiro, cursos, plantas e comida. Eduardo aceitou qualquer trabalho que na visão dele tivesse alguma relevância e que fosse diferente do que ele já tinha feito na vida.

“Na primeira semana, eu sentia aquele frio na barriga de primeiro dia de trabalho. Será que vai ser legal? Será que vai ser muito diferente? Vou ser bem recebido? Sentia isso todos os dias”, conta.

O experimento, que foi realizado em São Paulo, lhe rendeu muito aprendizado e 31 boas histórias. Algumas são contadas no blog dele.

“ Provavelmente umas das experiências mais difíceis e intensas que já vivi profissionalmente. E já vivi muita coisa nesses anos de publicidade – já dormi muitas noites no chão da agência, muitos fins de semanas entregando campanhas intermináveis e muitos dias que jurava que não iria dar conta, mas nada disso se compara como foram esses 31 dias. Por outro lado, nunca me emocionei e chorei tanto de alegria e satisfação por ter entregue um trabalho, em 10 anos de publicidade, como no último dia desse projeto”.

Eduardo diz que ainda está em busca de dias diferentes e a ideia dele é lançar, em breve, a segunda fase do projeto no Rio de Janeiro e depois em outros lugares do mundo.

Hoje, Eduardo já não se define mais como publicitário. Aliás, nem como jardineiro, nem fotógrafo, muito menos vendedor: “eu sou um fazedor”,  afirma ele.

 

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