5º ato do MPL contra aumento da tarifa acaba em tumulto e manifestantes feridos

Na noite de quinta-feira (21), o quinto protesto contra a alta da tarifa de ônibus, metrô e trens em São Paulo voltou a acabar em bombas e correria. De acordo com o MPL (Movimento Passe Livre), o ataque da Polícia Militar contra os manifestantes deixou ao menos 17 pessoas gravemente feridas e “mais um sem número de feridos por estilhaços de bombas e intoxicação por gás lacrimogêneo”.

Com concentração no Terminal Parque Dom Pedro II, na região central da cidade, a manifestação contou com um impasse em relação ao trajeto ainda antes do ato.

Os manifestantes queriam seguir até a Assembleia Legislativa, na zona sul, passando pela Secretaria de Transportes, Câmera Municipal e pela avenida 23 de maio. No entanto, a Secretaria da Segurança Pública barrou a rota e não permitiu um trajeto diferente do proposto pela organização.

Por volta das 21h, policiais dispararam bombas de efeito moral e de gás lacrimogêneo contra os manifestantes. Segundo a “Folha de S. Paulo”, só num intervalo de 37 segundos, foram 21 explosões.

Tarifa: de R$ 3,50 para R$ 3,80

No dia 30 de dezembro de 2015, O prefeito Fernando Haddad (PT) e o governador Geraldo Alckmin (PSDB) decidiram reajustar as tarifas de ônibus, trens e metrô em São Paulo. Os novos valores entraram em vigor no sábado, dia 9.

Contra essa medida, o MPL organiza o 6º ato contra o aumento na próxima terça-feira (26), com concentração na Estação da Luz.

“O direito à cidade está posto em xeque. Hoje, transitar por São Paulo é um direito pelo qual cada vez menos pessoas podem pagar. O aumento da tarifa vai excluir mais 400 mil pessoas do sistema de transporte. Sem contar as que já estão excluídas só porque os políticos acham que transporte é uma mercadoria que serve aos lucros dos empresários, e não um direito da população”, defende o movimento.