Alckmin é denunciado por lavagem de dinheiro e corrupção

Ex-governador tucano é acusado de receber R$ 11 milhões da Odebrecht

O Ministério Público denunciou nesta quinta-feira, 23, o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB) por lavagem de dinheiro, falsidade ideológica eleitoral e corrupção passiva.

De acordo com do MP, o tucano recebeu, de forma indevida, R$ 2 milhões da empreiteira Odebrecht na campanha ao governo estadual em 2010 e R$ 9,3 milhões quando disputou a reeleição, em 2014.

Geraldo Alckmin of the Brazilian Social Democracy Party (PSDB), a pre-candidate for Brazil’s presidential election, attends a debate at the Industry Confederation event in Brasilia, Brazil July 4, 2018. REUTERS/Adriano Machado
Créditos: Adriano Machado/Reuters
Geraldo Alckmin of the Brazilian Social Democracy Party (PSDB), a pre-candidate for Brazil’s presidential election, attends a debate at the Industry Confederation event in Brasilia, Brazil July 4, 2018. REUTERS/Adriano Machado

Na denúncia, o MP afirma que “os recursos não foram registrados nas prestações de contas do candidato (falsidade ideológica), que solicitou e recebeu vantagem indevida (corrupção passiva), pagas pelo setor de operações estruturadas da Odebrecht, a partir do emprego de métodos ilícitos como uso de ‘doleiros’, com o fim de ocultar a origem dos valores e dificultar a possibilidade de seu rastreio (lavagem de dinheiro)”.

Além de Alckmin, foram denunciados Marcos Antônio Monteiro, tesoureiro da campanha de 2014, e o ex-assessor da Secretaria de Planejamento do tucano, Sebastião Eduardo Alves de Castro.

A denúncia tem como origem os 77 acordos de colaboração premiada firmados por executivos e funcionários do Grupo Odebrecht com a Procuradoria-Geral da República e homologados pelo Supremo Tribunal Federal, segundo a Promotoria.

O ex-governador Geraldo Alckmin já havia sido indiciado na semana passada pela Polícia Federal por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e caixa dois eleitoral. O ex-governador afirmou não ter sido ouvido durante o processo, mas se comprometeu a “prestar contas” à Justiça.