Atriz Taís Araújo usa redes sociais para combater preconceito

A atriz conta em entrevista que usa as redes sociais para combater o preconceito
A atriz conta em entrevista que usa as redes sociais para combater o preconceito

Aos 38 anos e uma referência de mulher negra, a atriz Taís Araújo concedeu entrevista ao Caderno Ela, do Jornal o Globo e conversou sobre o papel do negro e da mulher na sociedade. A atriz, casada com o também ator Lázaro Ramos, também falou sobre como usa as redes sociais para combater o preconceito.

O casal é considerado um dos mais bem-sucedidos e engajados do show business brasileiro. “Representamos uma parcela do Brasil que é muito subjugada o tempo inteiro. É importante para nós, como população negra, estarmos num lugar de prestígio”, afirma a atriz.

Atualmente, a atriz atua ao lado do marido na peça teatral “O topo da montanha”, último dia da vida de Martin Luther King, um dos maiores nomes da campanha pelos direitos civis nos EUA, assassinado em 1968, no auge da luta; e no programa da TV Globo “Mister Brau”, que aborda a ascensão social de um casal de negros.

Ambos os trabalhos têm temática social e passam mensagens de caráter político, mas a atriz defende que as redes sociais são mesmo o grande espaço para defender sem limites de roteiros ou contratos as causas que defende, misturando desabafos e piadas sobre si mesma.

“Quando criei o Instagram, pensei: o que representa um artista? Antigamente, praticava-se o distanciamento. Isso caducou. A Internet chegou para juntar todo mundo”, lança a atriz, que acredita que as conexões estabelecidas pelas redes sociais tornam as discussões sobre questões raciais e de gênero no Brasil mais aprofundadas. O perfil da atriz na rede possui mais de 3,5 milhões de seguidores.

Um dos exemplos de postagem política da atriz no Instagram:

Na entrevista, Taís Araújo revela ainda enxergar na ficção o âmago das questões que afligem as pessoas quem têm a mesma cor de pele, independente de suas origens. “Independentemente da origem, existe um sofrimento que é nosso. Meu, que fui criada na Barra, e da menina da favela da Maré. Ela tem uma vida muito mais difícil, claro. Há um abismo entre nós, mas nos encontramos na dor”, explica.

“Eu me tornei negra”, revela Taís. “A gente nasce neste país para tentar ser outra coisa, o que somos não é aceito. Não vê as meninas alisando o cabelo?”, lamenta. Além das questões negras, atriz também se assume feminista. “Existe um pudor, mas as coisas têm nomes para serem ditos. Sou feminista e acho que sempre fui”, assume ela, que sempre discutiu temas relacionados a racismo e feminismo.

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