Bolsonaro causa tumulto em debate sobre violência contra a mulher

Nesta quarta-feira, dia 14, a reunião da comissão geral da Câmara, que discutia violência contra a mulher, foi marcada por tumulto envolvendo Jair Bolsonaro (PSC-RJ). O deputado reagiu quando a vice-presidente da OAB-DF, Daniela Teixeira, declarou que a violência de gênero só vai acabar quando os agressores forem punidos e lembrou o inquérito em que o político é réu por apologia ao estupro.

“O pedido da OAB é que todos os réus (inclusive Bolsonaro) sejam julgados e os que forem culpados sejam condenados. Só com a condenação das pessoas que fazem apologia ao estupro e à violência contra a mulher a violência vai diminuir”, declarou Daniela.

O deputado Jair Bolsonaro contestou as denúncias e disse que não há cultura do estupro no Brasil
Créditos: Heloisa
O deputado Jair Bolsonaro contestou as denúncias e disse que não há cultura do estupro no Brasil

Em seguida, o deputado pediu a palavra para contestar a denúncia. À época, ele disse que não “estuprava” a deputada Maria do Rosário (PT-RS), que presidia a sessão, “porque ela não merecia” (relembre o caso aqui).

De acordo com ele, a representação contra ele foi feita em uma armação que envolveu a então subprocuradora-Geral da República, Ela Weicko, e o procurador-Geral da República, Rodrigo Janot. Assista ao vídeo:

Em seguida, Bolsonaro fez um ataque ao debate: “Esta sessão está sendo um desserviço à mulher vítima de violência. Começa aqui com um representante do Ministério Público do Distrito Federal dizendo que não se garantem direitos humanos violando-se direitos humanos. Ou seja, como falou aqui, ele é contra a castração química, para defender os direitos humanos do estuprador! Agora, a estuprada que se exploda!”.

Ao final, o deputado ainda afirmou que “não tem, no Brasil, a cultura de estupro, tem a cultura de impunidade”.