Boulos, Marina e Bolsonaro comentam expulsão de venezuelanos

No último sábado, 18, cerca de 1,2 mil venezuelanos cruzaram de volta a fronteira do país com o Brasil; presidenciáveis comentaram episódio

Vídeo divulgado nas redes sociais registrou momento da expulsão dos venezuelanos
Créditos: Reprodução/YouTube
Vídeo divulgado nas redes sociais registrou momento da expulsão dos venezuelanos

No último sábado, 18, cerca de 1,2 mil venezuelanos cruzaram a fronteira com o Brasil, após sofrer ataques em Pacaraima (RR) quando moradores da cidade destruíram abrigos dos imigrantes,  ateando fogo nos pertences e barracas depois que um comerciante foi assaltado e espancado.

O comerciante brasileiro sofreu uma tentativa de assalto atribuída a um grupo de venezuelanos. Desde então, permanece internado na capital Boa Vista, e seu estado de saúde é estável.

Apesar da violência, segundo as autoridades locais, não há registro de feridos entre os imigrantes.

Guilherme Boulos: 

Condenamos os ataques contra os venezuelanos em Roraima. Somos um país acolhedor e que respeita os imigrantes. Não podemos tolerar atos movidos pelo ódio e pela xenofobia.

Marina Silva: 

O grave episódio ocorrido em Pacaraima é resultante do encontro entre dois grupos de desvalidos. De um lado, os refugiados produzidos pelo colapso da Venezuela — a maior catástrofe política, econômica e humanitária da América Latina nas últimas décadas. De outro, os habitantes de Roraima, em cujas costas o governo brasileiro jogou a tarefa de assistir praticamente sozinhos os venezuelanos. A situação é difícil e tende a se agravar, caso não exista uma política e humanitária consistente no governo federal para enfrentar a emergência.

Nada justifica a violência, mas as duas partes no conflito são vítimas de seus próprios desgovernos.
O Brasil se omitiu duas vezes de ajudar a construir uma saída para a crise da Venezuela. Primeiro, ao trocar princípios e valores por ideologia na relação com o chavismo. Depois, ao não liderar uma coalizão internacional de países sul-americanos para dar ajuda humanitária aos refugiados e buscar uma solução diplomática para o país vizinho.

É isso o que ocorre quando se tem governantes que, em lugar de usar o poder que têm como meio de servir ao povo, fazem uso dele a serviço de salvar a própria pele e interesses escusos.
Corrigir os erros é fundamental agora, por meio de uma política generosa com os refugiados, em linha com nossas tradições de país aberto a imigrantes de todo o mundo.

Jair Bolsonaro: 

“VENEZUELANOS EM RORAIMA: há mais de um ano, muitos vídeos vem sendo publicados no youtube e mostram nossa postura sobre o assunto e as derivações da irresponsabilidade dos governos brasileiro e venezuelano”.

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